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dc.contributor.advisorFonseca, Angela Couto Machado, 1974-pt_BR
dc.contributor.otherUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Jurídicas. Programa de Pós-Graduação em Direitopt_BR
dc.creatorMeneguetti, Amanda Caroline Generosopt_BR
dc.date.accessioned2023-06-12T13:50:00Z
dc.date.available2023-06-12T13:50:00Z
dc.date.issued2023pt_BR
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/1884/83047
dc.descriptionOrientadora: Profa. Dra. Angela Couto Machado Fonsecapt_BR
dc.descriptionDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Jurídicas, Programa de Pós-Graduação em Direito. Defesa : Curitiba, 01/03/2023pt_BR
dc.descriptionInclui referências: p. 102-104pt_BR
dc.description.abstractResumo: Partindo de questões ligadas ao papel que exerce o biopoder na constituição e manutenção da subjetividade, bem como dos atravessamentos a que estão submetidos os corpos dos sujeitos latinos, tais como o racismo e a colonialidade e, em relação aos corpos das mulheres, também a misoginia, buscou-se compreender o fenômeno do femigenocídio, violência cruel que resulta na morte de mulheres em contextos de impessoalidade e que tem como terreno fundante os atravessamentos aqui citados. Ainda, procurou-se estabelecer um diálogo entre as categorias de femigenocídio, biopolítica e direito, ressaltando, em especial, o papel primordial (e dúbio) que tem o direito no reconhecimento da violência de gênero, por um lado, e na reprodução de realidades, de normalização de corpos e da vulnerabilização e inferiorização das mulheres, por outro. Ao longo desse trajeto, desde a análise da constituição do sujeito mulher como o corpo que vale menos, até as relações entre femigenocídio e direito, tendo o feminicídio como o principal conector, passamos por diversas autoras e autores, destacando-se Rita Laura Segato, Michel Foucault, Margaret McLaren e Márcio Alves da Fonseca, que nos possibilitaram leituras riquíssimas e que foram peças-chave na pesquisa bibliográfica realizada. Além dos autores que nos deram sustentação teórica, priorizamos também a utilização de materiais que conseguissem exprimir um pouco da realidade vivida pelas mulheres latinas em seu contato direto com a morte e, para tanto, fez-se uso de relatórios e artigos jornalísticos e, ainda, buscou-se examinar casos de feminicídio julgados pelo Tribunal de Justiça do Paraná, com o fim de expor o tratamento do direito em relação às mulheres, objetivando melhor expor a prática existente na teoria. Como conclusão, observou-se que a colonialidade é um dos marcos centrais na discussão acerca do femigenocídio, figurando como a atualização dos mecanismos biopolíticos dentro do contexto latino-americano, além da complexidade existente no vínculo entre femigenocídio e direito, já que o distanciamento provocado do sistema jurídico com a antropologia resulta no desconhecimento de bases literárias importantes para entender a violência estrutural de gênero e, consequentemente, impacta no reconhecimento de tais violências pelo direito. Isto posto, o trabalho representou o início da construção de pontes que devem ser ampla e continuadamente exploradas pelos pesquisadores e juristas brasileiros, na pretensão de colocar em destaque os pensamentos críticos e de resistência em um lugar de normalidades.pt_BR
dc.description.abstractAbstract: Starting from issues related to the role of biopower in the constitution and maintenance of subjectivity, as well as the crossings to which the bodies of the Latino subjects are subjected, such as racism and coloniality and, in relation to women's bodies, also misogyny, we sought to understand the phenomenon of femigenocide, cruel violence that results in the death of women in contexts of impersonality and that has as founding ground the crossings mentioned here. Furthermore, we sought to establish a dialogue between the categories of femigenocide, biopolitics and law, highlighting the primary (and dubious) role that has the law in the recognition of genderbased violence, on the one hand, and the reproduction of realities, normalization of bodies and the vulnerableization and inferiorization of women, on the other hand. Along this path, from the analysis of the constitution of the subject woman as the body that is worth less, to the relations between femigenocide and law, having feminicide as the main connector, we passed through several authors, especially Rita Laura Segato, Michel Foucault, Margaret McLaren and Márcio Alves da Fonseca, who enabled us rich readings and who were key pieces in the bibliographic research carried out. In addition to the authors who gave us theoretical support, we also prioritized the use of materials that could express some of the reality experienced by Latin women in their direct contact with death, and, for this, reports and journalistic articles were used and, also, we sought to examine cases of feminicide judged by the Court of Justice of Paraná, in order to expose the treatment of the right in relation to women, aiming to better expose the existing practice in theory. In conclusion, it was observed that coloniality is one of the central milestones in the discussion about femigenocide, as the updating of biopolitical mechanisms within the Latin American context, beyond the complexity of the link between femigenocide and law, since the distancing provoked from the legal system with anthropology results in the ignorance of important literary bases to understand gender structural violence and, consequently, impacts on the recognition of such violence by law. That said, the work represented the beginning of the construction of bridges that should be broadly and continuously explored by Brazilian researchers and jurists, in the pretense of highlighting critical and resistance thoughts in a place of normalities.pt_BR
dc.description.abstractResumen: Partiendo de cuestiones relacionadas con el papel del biopoder en la constitución y mantenimiento de la subjetividad, así como los cruces a los que son sometidos los cuerpos de sujetos latinos, como el racismo y la colonialidad y, en relación con los cuerpos de las mujeres, la misoginia también, buscamos comprender el fenómeno del femigenocidio, violencia cruel que resulta en la muerte de mujeres en contextos de impersonalidad y que tiene como fundamento los cruces aquí mencionados. Además, buscamos establecer un diálogo entre las categorías de femigenocidio, biopolítica y Derecho, destacando, en particular, el papel primordial (y dudoso) que tiene el derecho en el reconocimiento de la violencia de género, por un lado, y en la reproducción de realidades, normalización de cuerpos y vulnerabilización e inferiorización de las mujeres, por otro. En este camino, desde el análisis de la constitución de la mujer sujeta como el cuerpo que menos vale, hasta las relaciones entre femigenocidio y derecho, tendo el feminicidio como conector principal, pasamos por varios autores y autores, especialmente Rita Laura Segato, Michel Foucault, Margaret McLaren y Márcio Alves da Fonseca, que nos permitieron lecturas muy ricas y que fueron piezas clave en la investigación bibliográfica realizada. Además de los autores que nos dieron apoyo teórico, también priorizamos el uso de materiales que pudieran expresar parte de la realidad experimentada por las mujeres latinas en su contacto directo con la muerte y, para ello, se utilizaron reportajes y artículos periodísticos y, también, buscamos examinar casos de feminicidio juzgados por el Tribunal de Justicia de Paraná, con el fin de exponer el tratamiento del derecho en relación con las mujeres, con el objetivo de exponer mejor la práctica existente en teoria. En conclusión, se observó que la colonialidad es uno de los hitos centrales en la discusión sobre el femigenocidio, como la actualización de los mecanismos biopolíticos en el contexto latinoamericano, más allá de la complejidad del vínculo entre femigenocidio y derecho, ya que el distanciamiento provocado del sistema legal con la antropología resulta en el desconocimiento de importantes bases literarias, para entender la violencia estructural de género, y, en consecuencia, repercute en el reconocimiento de dicha violencia por ley. Dicho esto, el trabajo representó el comienzo de la construcción de puentes que deben ser explorados amplia y continuamente por investigadores y juristas brasileños, con el pretexto de resaltar pensamientos críticos y de resistencia en un lugar de normalidad.pt_BR
dc.format.extent1 recurso online : PDF.pt_BR
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.languagePortuguêspt_BR
dc.subjectBiopolíticapt_BR
dc.subjectDireitopt_BR
dc.subjectFeminicídiopt_BR
dc.subjectViolência contra a mulherpt_BR
dc.subjectSubjetividadept_BR
dc.subjectDireitopt_BR
dc.titleBiopolítica, femigenocídio e direito : construção e destruição do sujeito mulherpt_BR
dc.typeDissertação Digitalpt_BR


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