Mostrar registro simples

dc.contributor.advisorTorquato, Clóris Portopt_BR
dc.contributor.otherUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Letraspt_BR
dc.creatorBrandes, Silvelypt_BR
dc.date.accessioned2023-02-13T16:03:50Z
dc.date.available2023-02-13T16:03:50Z
dc.date.issued2022pt_BR
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/1884/81150
dc.descriptionOrientadora: Professora Doutora Cloris Porto Torquatopt_BR
dc.descriptionTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Letras. Defesa : Curitiba, 26/10/2022pt_BR
dc.descriptionInclui referências: p. 184-190pt_BR
dc.descriptionÁrea de concentração: Estudos Linguísticospt_BR
dc.description.abstractResumo: Este trabalho tem como objetivo colocar em diálogo as vozes e valores sociais presentes em enunciados produzidos por mulheres indígenas na contemporaneidade para compreender de que modo o "Bem Viver" é interpretado e vivenciado por estas mulheres. A análise que proponho, a partir da perspectiva de língua, linguagem e literatura do Círculo de Bakhtin, tem por finalidade perceber em que medida, e como, estas obras entram em diálogo entre elas e com outros enunciados presentes na vida, a fim de perceber também nas respostas que estão sendo dadas a enunciados anteriores, quais são os princípios, as filosofias de vida das mulheres indígenas Brasileiras, que são plurais e falam de lugares bastante distintos. Para isto, serão analisadas as obras Ay Kakyri Tama: Eu moro na cidade (2018) e O lugar do saber ancestral (2021) de Márcia Wayna Kambeba; Metade Cara, Metade Máscara (2014), de Eliane Potiguara, Coração na aldeia, pés no mundo (2018) de Auritha Tabajara; Guerreiras: Mulheres indígenas na cidade, mulheres indígenas na aldeia, organizado por Aline Rochedo Pachamama. No entanto, uma vez que a literatura indígena é compreendida para além de textos literários publicados em formatos de livros, entrarão para o diálogo as músicas de Katú Mirim e de Kaê Guajajara, além de textos escritos por mulheres indígenas e publicados na internet ou em artigos acadêmicos. O trabalho está dividido em quatro capítulos complementares, no primeiro capítulo, abordo de forma breve a conjuntura atual dos povos indígenas brasileiros, levando em conta que a análise que faço dos textos escolhidos está instrinsicamente relacionada com os modos como percebo o contexto histórico-político-cultural do Brasil atual; para compreendermos os ditos e os não ditos dos textos que serão analisados, é necessário compreender a que discursos, a que realidades estes textos estão respondendo. No segundo capítulo, são apresentadas, no diálogo com os enunciados indígenas, as perspectivas de língua, linguagem e literatura segundo o Círculo de Bakhtin, perspectivas nas quais este trabalho está ancorado. Neste capítulo ainda reflito, a partir das minhas leituras, sobre a palavra e a escrita das mulheres indígenas como ferramenta e espaço de luta contra as entrelaçadas formas de opressão. No terceiro capítulo, são evidenciadas as condições e as lutas das mulheres indígenas brasileira na sociedade de classes; as construções de gênero e raça como fundamentos constitutivos da colonialidade/modernidade, como categorias que estão entrecruzadas, que produzem identificação, mas que, na vida de cada sujeito, possuem diferentes significados, e produzem diferentes respostas. No último capítulo, sempre dialogando com as vozes destas mulheres, proponho uma reflexão sobre o Bem Viver, filosofia que está presente nas obras e que orienta também a produção artístico literária dos povos indígenas. Por fim, teço minhas considerações finais sobre a pesquisa retomando ostemas principais abordados pelas mulheres indígenas em sua literatura em uma tentativa de vislumbrar as alternativas/práxis decolonizadoras defendidas e testemunhadas por essas mulheres. Estendo a reflexão para o campo da educação, refletindo sobre o papel da escola como lugar de reflexão e construção de novos projetos de mundo.pt_BR
dc.description.abstractAbstract: This work put in dialogue the voices and social values presented in indigenous women contemporary literature to understand how the "Bem viver" (well living) is interpreted and lived for these women. The analysis I propose, from the perspective of language and literature of the Bakhtin Circle, aims to understand to what extent, and how, these works dialogue, in order to understand the answers that are being given to previous statements, what are the principles, the philosophies of life of Brazilian indigenous women, which are plural and speak of quite different places. For that, the Works Ay Kakyri Tama: Eu moro na cidade (2018) and O lugar do saber ancestral (2021) from Márcia Wayna Kambeba; Metade Cara, Metade Máscara (2014), from Eliane Potiguara, Coração na aldeia, pés no mundo (2018) from Auritha Tabajara; Guerreiras: Mulheres indígenas na cidade, mulheres indígenas na aldeia, organized by Aline Rochedo Pachamama will be analised. Nonetheless, once indigenous literature is understood beyond literary texts published in book formats, the songs of Katú Mirim and Kaê Guajajara will also dialogue, in addition to texts written by indigenous women and published on the internet or in articles. The thesis is divided into four complementary chapters. In the first, I briefly address the current situation of Brazilian indigenous peoples, taking into account that the analysis I make of the chosen texts is intrinsically related to the ways in which I perceive the historical-political-cultural context of current Brazil; in order to understand the said and unsaid of the texts that will be analyzed, it is necessary to understand what discourses, what realities these texts are responding to. The following chapter, dialogue with indigenous leaders, the perspectives of language, language and literature according to Bakhtin's circle will be presented, perspectives in which this work is anchored. Here I also reflect, based on my readings, about the word and writing of indigenous women as a tool and space for fighting the intertwined forms of oppression. In the third chapter, the conditions and struggles of Brazilian indigenous women in class society will be highlighted; the constructions of gender and race as constitutive foundations of coloniality/modernity, as intertwined categories, which produce subjective identifications, having , thus, different meanings, and producing different responses. Lastly, maintaining dialogue with the voices of these women, I propose a reflection on Bem Viver, a philosophy present in the analyzed works which also guides the literary artistic production of indigenous peoples. As a wrap, I weave final remarks on the research by resuming the main themes addressed by indigenous women in their literature in an attempt to glimpse the decolonizing alternatives/praxis defended and witnessed by them. I extend the reflection to the field of education, pondering on the role of the school as a place of contemplation and construction of new world projects.pt_BR
dc.format.extent1 recurso online : PDF.pt_BR
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.languagePortuguêspt_BR
dc.subjectLiteratura indígenapt_BR
dc.subjectQualidade de vidapt_BR
dc.subjectLetraspt_BR
dc.titleDiálogos sobre o bem viver : uma leitura de enunciados de resistência e luta coletiva produzidos por mulheres indígenas brasileiras através da escritapt_BR
dc.typeTese Digitalpt_BR


Arquivos deste item

Thumbnail

Este item aparece na(s) seguinte(s) coleção(s)

Mostrar registro simples