Formação de economia de aglomeraçao no setor de tecnologia da informação e comunicação no Brasil entre os anos 2006-2010

Abstract

Resumo: O Brasil é hoje o 5º maior mercado mundial de TIC e dessa maneira, apresenta um nível de emprego e valor adicionado bastante significativo neste setor. O campo da tecnologia rapidamente nos remete a idéia de pólos de tecnologia, em outras palavras, economias de aglomeração. Portanto, decidiu-se realizar nesta pesquisa a identificação de clusters no setor de TIC no Brasil. O trabalho, primeiramente, apresenta uma revisão da bibliografia acerca do tema economias de aglomeração destacando os conceitos dados pela literatura ao termo cluster, o seu valor atualmente no que se refere à competitividade, bem como os impactos dos clusters nos países em desenvolvimento. O objetivo da pesquisa é identificar a formação de potenciais clusters no setor de Tecnologia da Informação e Comunicação nas capitais brasileiras. Para tanto, foram utilizados os dados sobre empregos e estabelecimentos da base de dados RAIS do Ministério do Trabalho e Emprego para os anos do período 2006-201 O. A partir dos dados obtidos, realizou-se uma análise de shift-share sobre as 24 classes de TIC de acordo com a classificação CNAE 2.0 e as 27 capitais brasileiras, chegando-se ao resultado de 65 clusters potenciais identificados. É válido destacar que Recife foi a capital que apresentou o maior número de clusters de acordo com a análise de shift-share juntamente com São Paulo e que das 27 capitais analisadas, 8 não apresentaram nenhum, sendo 7 localizadas na região norte do país. Outro fator que sobressai nos resultados é o fato de que na indústria do setor de TIC há um único cluster potencial identificado que se localiza na cidade de Curitiba. A partir da análise desses dados, pode-se chegar à conclusão de que enquanto a região norte do país carece de empregos qualificados, tecnologia e políticas públicas que conduzem ao desenvolvimento do setor de TIC, as demais regiões do país por meio de suas capitais demonstram força significativa na formação de economias de aglomeração em serviços de TIC. Entretanto, o país como um todo não demonstra sinais de aglomerados econômicos na Indústria do setor.