A economia pura de Vilfredo Pareto : influências, desenvolvimento e debates
Resumo
Resumo: O presente trabalho busca estabelecer como Vilfredo Pareto trabalhou com a Economia Política enquanto ciência abstrata, conhecida como: Economia Pura. Para tal empreendimento é-se necessário percorrer o caminho de suas principais influências intelectuais, onde se encontram a influência de Auguste Comte no pensamento positivista de Pareto e da "Revolução Marginalista" na Economia Política. Desta última influência há de se notar o papel que Walras desempenhou na formação do sistema do Cours de Pareto publicado em 1896-97. Dadas as considerações sobre os influenciadores intelectuais, pode-se perceber quais as possibilidades com as quais Vilfredo Pareto se deparará para formular novos conhecimentos em uma ciência que, aos seus olhos, ainda não estava completamente autônoma. Trabalhando sobretudo com o Cours e com o Manuél, de 1909, é possível estabelecer como a Economia Pura paretiana se configura, fornecendo subsídio para a compreensão dos empreendimentos intelectuais que daí derivariam. Por fim o trabalho perpassa brevemente 4 considerações pertinentes de pesquisa que decorrem da Economia Pura paretiana: [1] os círculos que trabalharam com a teoria do equilíbrio geral em algum nível no entre guerras; [2] a leitura de Tarascio acerca de Pareto e seus papel no marginalismo; [3] o debate sobre a questão da utilidade cardinal-ordinal em Pareto; e [4] o papel subjetivo que o cientista paretiano desempenha ao não ter regras rígidas para limitar-se a trabalhar com o critério apofântico para determinar uma boa teoria em contraposição com um critério simplificador das teorias. Grandes são as contradições de visões que existem ao se tratar da obra de Pareto. Este trabalho buscou compreender algumas das posições e contraposições que suscitam da obra paretiana referentes à Economia Pura.
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- Ciências Econômicas [2072]