dc.description.abstract | Resumo: No início do século XX, o dinamismo econômico brasileiro dependia do setor externo, da demanda externa pela produção primária brasileira, sendo o modelo de desenvolvimento econômico denominado como primário-exportador. Com a crise mundial de 1929, e a crise interna simultânea decorrente da grande oferta do café, rompe-se o modelo primário exportador. O novo modelo de desenvolvimento, baseado na substituição de importações, passou a depender da demanda interna, gerando crescimento industrial. O objetivo proposto, através da descrição e análise da teoria dos choques adversos e da ótica do capitalismo tardio, utilizando-se dos escritos dos principais expoentes destas teorias, é determinar qual das teorias explica mais adequadamente a ruptura do modelo de desenvolvimento primário exportador e passagem ao novo modelo de desenvolvimento, baseado na substituição de importações. Depois de descrever e analisar a teoria dos choques adversos e a ótica do capitalismo tardio, verificou-se a existência de compatibilidade e complementaridade entre as teorias, já que a ótica do capitalismo tardio apresentou as condições para a ruptura do modelo primário exportador, enquanto que a teoria dos choques adversos explicou e apresentou, através da análise clássica de Celso Furtado, as razões para a ruptura da dinâmica do modelo primário-exportador e passagem ao novo modelo de desenvolvimento econômico, baseado na substituição de importações. | pt_BR |