A reforma agraria como politica de geraçao de emprego e renda
Resumo
Resumo: A origem do problema de concentração de terra e renda agrária no Brasil remete à colonização, mas a discussão da necessidade da implantação da reforma agrária no país só ganhou mais destaque a partir da década de 50. Atualmente, o fortalecimento dos complexos industriais convive com o empobrecimento de pequenos produtores, com a fuga do homem do campo que promove "inchaço" nos centros urbanos e com o crescimento da massa de pobres e excluídos que se organizam em movimentos e exigem o acesso a terra e crédito, por meio de uma política de reforma agrária. O objetivo deste trabalho é analisar a discussão que envolve o processo de reforma agrária no Brasil, a contribuição da reforma para o desenvolvimento econômico e seus resultados em termos de geração de emprego, renda e qualidade de vida. Para isto, são expostas diferentes concepções do processo de reforma agrária e como ele se deu em outros países, principalmente na América Latina; e a experiência brasileira da discussão e implantação da reforma agrária. A implantação de uma ampla política de reforma agrária é considerada como um meio de promoção de distribuição de renda, melhoria da qualidade de vida, fortalecimento político dos assentados e fixação do homem na terra. Fatores que, associados, contribuiriam para o desenvolvimento nacional. No entanto, a realidade apresentada por levantamentos feitos em assentamentos é de poucos ganhos em termos de renda e qualidade de vida. Os beneficiários da reforma, porém, mostram-se satisfeitos por terem seu pedaço de terra e garantir alimentos pelo menos para consumo próprio. Isso demonstra que a reforma agrária implantada no Brasil tem ação paliativa, de aquietação política, que traz algum ganho social, mas pouco resultado econômico. Não foi ampla, nem contínua, e só é positiva se comparada a uma realidade de extrema miséria, que é o quadro em que se encontram a maioria dos sem-terra que a reivindicam.
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- Ciências Econômicas [2072]