Mostrar registro simples

dc.contributor.advisorSouza, Marcelo Paiva de, 1971-pt_BR
dc.contributor.authorCalado, Prila Leliza, 1981-pt_BR
dc.contributor.otherUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Letraspt_BR
dc.date.accessioned2022-03-24T19:10:43Z
dc.date.available2022-03-24T19:10:43Z
dc.date.issued2021pt_BR
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/1884/73644
dc.descriptionOrientador: Prof. Dr. Marcelo Paiva de Souzapt_BR
dc.descriptionTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Letras. Defesa : Curitiba, 26/11/2021pt_BR
dc.descriptionInclui referências: p. 296-311pt_BR
dc.descriptionÁrea de concentração: Estudos literáriospt_BR
dc.description.abstractResumo: Este trabalho objetiva analisar, à luz dos Estudos da Memória (ASSMANN, 2011; ROTHBERG, 2009), as duas traduções por ora publicadas no Brasil do romance Jazz (1992), da escritora Toni Morrison. Intenta-se verificar o embricamento entre memória cultural da escravidão estadunidense e construção ficcional e suas versões para a língua portuguesa, considerando as especificidades da linguagem e da estrutura do romance, concomitantemente à questão da transmissão da memória no texto traduzido. A presente pesquisa justifica-se pela contribuição que tenta oferecer aos Estudos da Tradução no Brasil (em particular às pesquisas sobre tradução de prosa de ficção), bem como aos estudos dedicados à fortuna tradutória da obra de Morrison. Buscando evidenciar o complexo papel do artista (a escritora, os tradutores) e da arte (literatura, tradução e música) no terreno da memória, objetiva-se examinar o importante espaço que a tradução literária assume - ou deveria assumir - como medium para a disseminação multidirecional da memória cultural do trauma histórico nas sociedades. Ressalta-se que Jazz integra o projeto declarado da autora de escrever como forma de resistência às relações de poder impostas a milhares de afrodescendentes pelo modelo colonial que vigorou não só na América do Norte, mas em todo o continente americano. Procura-se, portanto, ouvir os ecos dessas experiências históricas nas traduções de Jazz disponíveis no Brasil, tanto mais ao levarmos em consideração que nossa sociedade também sofreu e ainda sofre com as consequências que a instituição da escravatura nos impôs. Reflexões teóricas acerca da sobrevida e sobrevivência dos textos (BRODZKI, 2007) proporcionada pela atividade tradutória também embasam as análises, que se concentram nas traduções realizadas por Evelyn Kay Massaro, publicada pela editora Best Seller, em 1992, e por José Rubens Siqueira, publicada pela Companhia das Letras, em 2009. Investigando como o trabalho dos tradutores e os projetos editoriais das editoras desempenham a função de disseminar a memória cultural da escravidão estadunidense no polo receptor brasileiro, o trabalho pauta-se por diretrizes da crítica da tradução (BERMAN, 2007; 2009a; 2009b) e da descrição de traduções (LAMBERT & VAN GORP, 2011). Exploram-se os paratextos das duas traduções (capas, contracapas, orelhas, notas do tradutor, prefácio), a trajetória profissional dos tradutores e o histórico das editoras. Na sequência, analisam-se as soluções adotadas em relação a ocorrências do African American Vernacular English (AAVE) no texto de partida e suas correspondências nos textos de chegada. Além disso, dá-se atenção aos aspectos socioculturais que o gênero musical jazz assumiu desde o período escravagista e de que forma esses aspectos afloram (ou não) nas traduções em exame. Exploram-se, por fim, ensaios, palestras e discursos de Morrison, recémtraduzidos no Brasil, haja vista sua importância como ativista firmemente engajada contra a segregação racial e as desigualdades sociais e de gênero em seu país - lado da escritora ainda pouco conhecido do grande público brasileiro.pt_BR
dc.description.abstractAbstract: This work aims to analyze, in the light of the Memory Studies (ASSMANN, 2011; ROTHBERG, 2009), the two translations of the novel Jazz (1992), by the American writer Toni Morrison, published in Brazil. It is intended to verify the overlap between cultural memory of North American slavery and fictional construction and its versions for the Portuguese language, considering the specificities of the language and structure of the novel, concomitantly with the issue of memory transmission in the translated text. This research is justified by the contribution it tries to offer to Translation Studies in Brazil (in particular to research on the translation of fictional prose), as well as to studies dedicated to the translation of Morrison's work. Seeking to highlight the complex role of the artist (the writer, the translators) and art (literature, translation, and music) in the field of memory, the objective is to examine the important space that literary translation assumes - or should assume - as a medium for multidirectional dissemination of cultural memory of historical trauma in societies. It is noteworthy that Jazz is part of the author's declared project of writing as a form of resistance to the power relations imposed on thousands of Afro-descendants by the colonial model that prevailed not only in North America, but throughout the American continent. We seek, therefore, to hear the echoes of these historical experiences in the translations of Jazz available in Brazil, especially when we consider that our society has also suffered and still suffers from the consequences that the institution of slavery has imposed on us. Theoretical reflections on the "life after death and life after life" of texts (BRODZKI, 2007) provided by the translation activity also support the analyses, which focus on the translations carried out by Evelyn Kay Massaro, published by Best Seller, in 1992, and by José Rubens Siqueira, published by Companhia das Letras, in 2009. To investigate how the work of translators and the editorial projects of publishers play the role of disseminating the cultural memory of US slavery in the Brazilian receiving pole, the work is guided by translation criticism guidelines (BERMAN, 2007; 2009a; 2009b) and the description of translations (LAMBERT & VAN GORP, 2011). The paratexts of the two translations are explored (covers, back covers, flaps, translator's footnotes, preface), the professional background of the translators and the background of the publishers. Next, the solutions adopted in relation to occurrences of African American Vernacular English (AAVE) in the source text and their correspondences in the target texts are analyzed. Furthermore, attention is given to the sociocultural aspects that the jazz musical genre has assumed since the slavery period and how these aspects surface (or not) the translations under examination. Finally, Morrison's essays, lectures and speeches recently translated in Brazil are explored, given her importance as an activist firmly engaged against racial segregation and social and gender inequalities in her country - a writer's profile still little known by great part of the Brazilian readers.pt_BR
dc.format.extent1 arquivo (315 p.) : PDF.pt_BR
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.languagePortuguêspt_BR
dc.subjectMorrison, Tonipt_BR
dc.subjectMemória coletivapt_BR
dc.subjectEscravidão - Estados Unidospt_BR
dc.subjectTradução e interpretaçãopt_BR
dc.subjectLiteratura americanapt_BR
dc.subjectLetraspt_BR
dc.titleAnd I remembered : memória da escravidão em Jazz, de Toni Morrison, e em suas traduções brasileiraspt_BR
dc.typeTese Digitalpt_BR


Arquivos deste item

Thumbnail

Este item aparece na(s) seguinte(s) coleção(s)

Mostrar registro simples