Mostrar registro simples

dc.contributor.advisorDuarte, André de Macedo, 1966-pt_BR
dc.contributor.authorLangnor, Carolina, 1981-pt_BR
dc.contributor.otherUniversidade Federal do Paraná. Setor de Educação. Programa de Pós-Graduação em Educaçãopt_BR
dc.date.accessioned2022-03-07T15:09:20Z
dc.date.available2022-03-07T15:09:20Z
dc.date.issued2021pt_BR
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/1884/72593
dc.descriptionOrientador: Prof. Dr. André de Macedo Duartept_BR
dc.descriptionTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação. Defesa : Curitiba, 29/06/2021pt_BR
dc.descriptionInclui referências: p. 152-164pt_BR
dc.description.abstractResumo: Em meio à crise da democracia brasileira, o modelo de universidade pública se tornou alvo de disputa de um projeto autoritário. Pelo prisma de suas narrativas, as universidades públicas brasileiras teriam sido tomadas por uma nocividade de ordem moral, e, portanto, seria preciso instaurar uma "guerra cultural", idealizando um novo projeto de universidade pública e de ciência. O objetivo da pesquisa foi compreender as narrativas autoritárias contemporâneas em seus diferentes significados, a partir daquilo que elas explicitamente afirmam na esfera do debate público, sobretudo nas mídias sociais. A hipótese desta pesquisa é que, no processo de fortalecimento discursivo acerca da inclusão educacional de "todas as pessoas" nas universidades brasileiras, essas instituições se tornaram um local público de reconhecimento e aparição da precariedade humana. Com a expansão do ensino superior, as universidades públicas experimentaram um período de ampliação de sua vocação institucional, o que que levou, entre outros efeitos, ao aumento do acesso de populações historicamente excluídas desta modalidade da educação no país. Em contrapartida, grupos antidemocráticos conservadores, reacionários e neoliberais, passaram a disseminar narrativas autoritárias que se contrapõem àquelas reivindicações democráticas, com o intuito de dar visibilidade política aos seus próprios interesses políticos e econômicos. Nossa conclusão é que a noção de universidade pública do século XXI extrapolou seus significados sociais tradicionais e se tornou, ela mesma, um termômetro social de medida acerca de quanto a precariedade pode aparecer ou não no debate público. As universidades assumiram o papel de baliza política da democracia, oferecendo indicadores acerca das práticas democráticas, ao mesmo tempo que guardam também potencialidades de resistência contra projetos desdemocratizantes. Assim, ao longo de três capítulos a tese busca apresentar três perspectivas de um diagnóstico contemporâneo acerca das narrativas antidemocráticas produzidas sobre as universidades públicas e a sua relação com a precariedade. O capítulo um apresenta um panorama sintético das demandas históricas e contemporâneas sobre o acesso à universidade pública no Brasil, evidenciando a necessidade de refletir sobre as condições de exclusão educacional no país e o surgimento de narrativas antidemocráticas por meio das mídias digitais. O capítulo dois discute como o fanatismo religioso da extrema direita compreende o ensino superior público dentro de seu projeto político de país. Foram analisados argumentos anticientíficos, segregacionistas e discriminatórios. Observando as narrativas mais fanatizadas, foi possível compreender que, a partir do pânico moral, há um projeto de sociedade do movimento reacionário-conservador e que ele aposta em uma tomada das universidades públicas para viabilizá-lo. O capítulo três discute como as narrativas de desdemocratização, fomentadas pela racionalidade neoliberal, são incorporadas pelo projeto autoritário, buscando definir não apenas uma ideia de universidade pública e ciência, mas também uma peculiar ideia de debate público.pt_BR
dc.description.abstractAbstract: Amid the crisis of Brazilian democracy, the public university system became the target of dispute for an authoritarian project. Through the prism of authoritarian narratives, Brazilian public universities would have been taken by harmful morals, and, therefore, it would be necessary to establish a "cultural war", idealizing a new project of public university and science. The purpose of this research was to understand contemporary authoritarian narratives in their different meanings, based on what they explicitly claim in the sphere of public debate, especially in social media. This research hypothesis is that, in the process of strengthening discourses about educational inclusion of "all people" in Brazilian universities, these institutions have become a public place for the recognition and appearance of human precarity. With the expansion of higher education, public universities experienced a period of increase of their institutional vocation, which led, among other effects, to a better accessibility of populations historically excluded from this type of education in the country. On the other hand, conservative, reactionary and neoliberal anti-democratic groups started to disseminate authoritarian narratives that are opposed to those democratic demands in order to give political visibility to their own political and economic interests. Our conclusion is that the 21st-century notion of public university has extrapolated its traditional social meanings and has itself become a social thermometer for measuring how precarity may or may not appear in public debate. Universities took on the role of a political beacon for democracy, offering indicators regarding democratic practices, while also observing the potential for resistance against de-democratizing projects. Thus, over three chapters, this doctoral dissertation seeks to present three perspectives of a contemporary diagnosis about the anti-democratic narratives against public universities and their relation to precarity. Chapter one presents a synthetic overview of historical and contemporary demands on accessibility to public universities in Brazil, highlighting the need to reflect on the conditions of educational exclusion in the country and the emergence of anti-democratic narratives through digital media. Chapter two discusses how extreme right-wing religious fanaticism ideates public higher education within its political project for the country. It was analyzed antiscientific, segregationist, and discriminatory rationalities. By observing the most fanatical narratives, it was possible to understand that, from a moral panic, there is a reactionary-conservative movement that conceives a project of a new society, and it bets on a takeover of public universities to make it feasible. Chapter three discusses how the narratives of de-democratization, fostered by neoliberal logic, are incorporated by this authoritarian project which tries to define not only an idea of science and public university but also a peculiar notion of public debate.pt_BR
dc.format.extent1 arquivo (164 p.).pt_BR
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.languagePortuguêspt_BR
dc.subjectUniversidades e faculdades - Brasilpt_BR
dc.subjectEducação e Estadopt_BR
dc.subjectEnsino superiorpt_BR
dc.subjectDireito à educaçãopt_BR
dc.subjectEnsino - Qualidadept_BR
dc.subjectEducaçãopt_BR
dc.titleUniversidades públicas e a guerra cultural : uma análise das narrativas de desdemocratizaçãopt_BR
dc.typeTese Digitalpt_BR


Arquivos deste item

Thumbnail

Este item aparece na(s) seguinte(s) coleção(s)

Mostrar registro simples