dc.description.abstract | Resumo : Introdução: A alopecia frontal fibrosante (AFF) é considerada uma alopecia cicatricial linfocítica primária, cuja incidência tem aumentado muito nos últimos anos e seu prognóstico ainda permanece incerto. É caracterizada por uma recessão progressiva da linha de implantação frontotemporal, e podem estar presentes outros sintomas e sinais como prurido, ardência ou dor local, perda progressiva das sobrancelhas e dos pelos do corpo. A evolução da AFF é imprevisível e a resposta aos tratamentos é muito variável. Avaliação criteriosa é necessária para definir atividade da doença, sua progressão e resposta ao tratamento. Diferentes métodos, como o Índice de Atividade do Líquen Plano Pilar (LPPAI) e o Índice de Severidade da Alopecia Frontal Fibrosante (FFASI) são utilizados para avaliar e monitorizar progressão e atividade da doença, contudo até o momento nenhum foi completamente validado ou considerado padrão ouro. Objetivos: O presente estudo teve como objetivo avaliar os dados clínicos mais relevantes nos dois instrumentos, LPPAI e FFASI, e a correlação entre estes dois índices. Materiais e métodos: O estudo incluiu 22 pacientes com diagnóstico de AFF acompanhados no serviço de dermatologia do Complexo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná no período de junho de 2016 a junho de 2017. Foram aplicados os índices de avaliação FFASI e LPPAI e coletados dados epidemiológicos. Os resultados foram analisados por software estatístico. Resultados:. Cem porcento dos acientes analisados eram do sexo feminino, com idade média de 62,18. Uma pontuação média de 2,73 (0,66 - 5,83) foi encontrada no LPPAI, sendo que aqueles com maior pontuação apresentaram uma maior tendência a se queixar de queimação, prurido e dor e aqueles que pontuaram acima de 2,5 consideravam que a doença estava em evolução (p< 0,001). Uma pontuação média de 42,2 (7-64) foi encontrada no escore total do FFASI. Nas pacientes com escore maior que 40 todas apresentaram perda de pelo em flexuras e membros inferiores (p<0,01) e maior tendência a apresentarem pápulas faciais (p= 0,08). Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre a correlação dos escores totais do LLPAI e do FFASI, demonstrando que uma alta pontuação de um teste garanta uma alta pontuação no outro. Conclusões: Os índices LLPAI e FFASI utilizados em nosso estudo não se mostraram satisfatórios ao serem aplicados separadamente, apesar de seu escore final não se correlacionar diretamente, se complementam. Conclui-se que até o momento não existe uma ferramenta ideal de avaliação da gravidade AFF e mais estudos são necessários. | pt_BR |