A educação integral em turno único como possibilidade de transformação social dos sujeitos de um colégio estadual do município de Dois Vizinhos
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Data
2016Autor
Balotin, Marcia Candida Rodrigues
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Resumo: De acordo com o Censo Escolar de 2013, cerca de 45% do total de alunos matriculados nas escolas públicas de Educação Básica no Brasil são participantes do Programa Bolsa Família, sendo que na instituição de ensino da rede estadual do município de Dois Vizinhos, cujo ambiente escolar serviu de campo de estudo deste artigo, esse número se eleva para aproximadamente 47% dos alunos que o colégio atende, ou seja, uma grande quantidade dos alunos, local e nacionalmente, chegam à escola com experiências de pobreza e extrema pobreza. Ciente da importância de um processo educacional comprometido com ganhos sociais relevantes, muitas vezes a escola não consegue cumprir suas funções para com a sociedade, incluindo a socialização dos alunos e o desenvolvimento de seus potenciais, garantindo um ensino de qualidade e emancipatório. O horário escolar convencional, às vezes, não consegue atender todas as funções designadas à escola. Nesse contexto, faz-se necessário a análise da importância e pertinência da implementação da Educação em Tempo Integral em Turno Único no colégio utilizado como campo de estudo desse artigo, fazendo um paralelo entre o referencial teórico a respeito do histórico da Educação Integral, o contexto social dos sujeitos atendidos pelo colégio e a relevância desta proposta para a construção social e política desses educandos. Para pautar o referido trabalho, é utilizada a abordagem qualitativa dos dados levantados através do método da observação e pesquisa in loco, juntamente com dados obtidos a partir da revisão da literatura sobre o tema. A Educação em Tempo Integral em Turno Único propõe um aprofundamento e maior abrangência na execução da proposta escolar, dando maiores oportunidades aos alunos para adquirirem conhecimentos e vivências transformadoras de sua realidade. Também, a nova proposta de ensino retira os alunos de situações de risco, enquanto os mantém no ambiente escolar. Esse maior tempo que o aluno fica em ambiente escolar é espaço para concretizar as funções da escola, desde que esse período seja aproveitado com práticas educacionais relevantes, envolvendo planejamento e ação conjunta de docentes e gestores.