Escala diagramática para quantificar a severidade de danos de Thaumastocoris peregrinus (Carpintero & Dellapé) (Hemiptera: Thaumastocoridae) em Eucalyptus benthamii Maiden et Cambage
Resumo
Resumo : Nas últimas décadas o setor florestal tem expandido de forma significativa, principalmente com a utilização de espécies do gênero Eucalyptus. A incidência de insetos-praga também é proporcional ao aumento da área plantada desta cultura. Nesse sentido, algumas espécies de insetos-praga exóticos têm causado danos aos plantios de Eucalyptus sp. Entre as espécies registradas recentemente, destaca-se Thaumastocoris perigrinus (Carpintero & Dellapé) (Hemiptera: Thaumastocoridae), popularmente conhecido como "percevejo-bronzeado". Por se tratar de uma espécie recente no Brasil e que tem causado danos consideráveis em eucalipto se faz necessário estimar as injúrias ocasionadas por esse inseto. Portanto, o objetivo do presente trabalho foi elaborar uma escala diagramática e estimar os danos ocasionados pelo ataque de T. peregrinus em árvores de Eucalyptus benthamii. Para isso, foi desenvolvida e validada uma escala diagramática com seis níveis de severidade N1(0,3% - 5,3%); N2 (5,4% - 24,0%); N3 (24,1% - 52,6); N4 (52,7% - 75,1%), N5 (75,2% - 98,1%), N6 (98,2) de acordo com a "Lei do estímulo-resposta de Weber – Fechner". A validação da escala foi realizada por oito avaliadores, em duas avaliações, com o uso da escala proposta e sem o uso desta. Esses avaliadores estimaram a severidade de 16 folhas de Eucalyptus benthamii mensuradas previamente pelo Software Afsoft®. A acurácia de cada avaliador foi
determinada por meio do teste t aplicado ao intercepto (a) e coeficiente angular da reta (b), a precisão das estimativas foi avaliada pelo coeficiente de determinação da regressão (R2). Para a quantificação da severidade foram coletadas 100 folhas, estas foram fotografadas e as imagens foram analisadas com o auxílio do Software Afsoft® , mensurando a área real e a área estimada da folha. Observou-se que sem a utilização da escala e com a utilização da mesma, os avaliadores tenderam a superestimar o valor de severidade real das lesões ocasionadas por T. peregrinus. Porém com utilização da escala diagramática proposta os avaliadores obtiveram resultados mais próximos à severidade real.
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