Reflorestamento comercial de mogno africano (Khaya senegalensis) na região do Médio Rio Doce - MG
Resumo
Resumo : Objetivando comprovar a adaptabilidade do Mogno Africano Khaya senegalensis na região do médio rio doce, buscando comparar diferentes povoamentos florestais, confrontando dois espaçamentos diferentes ( 3x2 / 3x3 ), visando atestar a influência do reflorestamento no microclima local, no reaparecimento da fauna local e também na vida das pessoas envolvidas com o processo produtivo, foram desenvolvidas metodologias para atestarmos em campo os objetivos traçados para este estudo. A adaptabilidade das plantas à região foi atestada através da comparação das medidas de altura e diâmetro das plantas feitas aos 5 e aos 17 meses de idade das mesmas, o mesmo método foi utilizado para concluirmos a respeito dos diferentes espaçamentos utilizados. A influência da floresta no clima local foi confirmada pela medição da temperatura dentro da floresta comparada a medição da mesma fora da floresta, em horários diferentes do dia bem como em dias diferentes, o reaparecimento da fauna e a influência do reflorestamento na vida dos profissionais envolvidos no processo foram atestados através de entrevistas realizadas durante todo o mês de agosto com os funcionários da fazenda Khaya e com sitiantes vizinhos a propriedade. Os resultados obtidos atestaram que o Mogno Africano Khaya senegalensis se adapta a regiões de baixos índices pluviométricos (1.100 mm / ano), com chuvas mal distribuídas ao longo do ano (período chuvoso de outubro a março) e com altas temperaturas médias anuais (26ºC em média), condições estas concernentes à região do Vale do Rio Doce, estudada no referido trabalho. Em tais condições as plantas demostraram crescimentos em altura e diâmetro bastante satisfatórios e com homogeneidade surpreendente, tendo em vista a grande variabilidade genética existente em formações florestais realizadas com mudas produzidas por sementes. Foram irrisórios o número de plantas com desenvolvimento abaixo da média o que permite a conclusão de plena adaptabilidade da espécie à região. Os diferentes povoamentos florestais estudados mostraram que não há grandes diferenças no comportamento das plantas com relação ao número de indivíduos por hectare, apresentando melhores resultados de desenvolvimento no povoamento de 1.111 plantas por hectare (espaçamento de 3 x 3 m), população que permite menor competição entre as plantas por nutrientes, água e luz, resultando no consequente melhor crescimento das mesmas em diâmetro e altura. O povoamento de 1.666 plantas por hectare apresentou uma característica bastante desejável na produção de madeiras nobres, o desgalhamento natural das árvores pela competição mais acirrada por luz. A melhoria de vida dos funcionários das propriedades estudadas e o reaparecimento de animais nas áreas estudadas completam os benefícios do reflorestamento comercial de Mogno Africano na região, contribuindo ambiental e socialmente para o desenvolvimento regional.
PALAVRAS CHAVE: Mogno Africano; reflorestamento; adaptabilidade; espécie
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- MBA em gestão florestal [451]