Hemangioma da infância : avaliação dos casos atendidos nos últimos 11 anos em hospital terciário

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Data
2012Autor
Oliveira, Luciana Rodrigues Fernandes
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Objetivo: O Hemangioma da infância (HI) é um tumor benigno frequente tratado em
10% dos pacientes. Até 2008 o corticóide sistêmico era o tratamento mais utilizado e
posteriormente o propranolol sistêmico passou a ser o tratamento de escolha. Este
estudo se propõe a avaliar as características clinicas, complicações e necessidade de
tratamento do HI em uma série de casos avaliados em um hospital de nível terciário.
Métodos: análise retrospectiva dos dados dos HI atendidos num serviço terciário entre
janeiro de 2000 a julho de 2011. Os dados foram avaliados no programa Statistica 7.0 e
submetidos ao Teste Qui quadrado Persons/Yates e t Student considerando o nível de
significância de 5%. Resultados: Dos 368 casos de HI avaliados, 50% apresentavam
lesão precursora ao nascimento. A localização em 49% foi na cabeça e pescoço e 60%
eram do tipo superficial. Ulceração ocorreu em 16,6%. Destes, 45% (p<0,001) foram
classificados como mistos e 30% deles ocorreu no períneo (p<0,001). O tratamento foi
indicado em 29 casos (8%) por motivo funcional/estético ou crescimento rápido da
lesão, os HI localizados de cabeça e pescoço e do tipo misto foram os que mais
necessitaram tratamento. Entre 2000 e 2008 os corticoides orais foram utilizados com
média de 2 indicações por ano e no período de 2008 até 2011 eles foram substituídos
pelo propranolol com média de 4 indicações por ano. Conclusão: O propranolol a partir
de 2008 passou a ser o tratamento de escolha dos hemangiomas complicados. Pacientes
com hemangiomas de tamanho grande ou localizados na face e períneo devem ser
encaminhados para serviços especializados antes da fase de crescimento rápido para que
o tratamento possa ser instituído o mais precocemente possível.