Consumo e MPB : um estudo semântico e argumentativo da marca Coca Cola nas letras de "Alegria, Alegria" (1967) e "o último romântico" (1984)
Resumo
Resumo: Considerando que o consumo está presente em todas as instâncias da sociedade, compondo o atual imaginário cultural por meio das narrativas publicitárias, o presente artigo tem por objetivo estudar as relações entre a marca Coca-Cola e a música popular brasileira. O referido produto (ou marca) está presente nas letras de diferentes canções, criando diferentes sentidos. O estudo parte do pressuposto de que publicidade e consumo são aspectos determinantes da cultura, influenciando e recebendo influências de diversas manifestações artísticas, idiomáticas e midiáticas. Pretende-se aqui, especificamente, analisar os sentidos associados à Coca-Cola nas canções "Alegria, Alegria" (1967), de autoria de Caetano Veloso e "O Último Romântico" (1984), de Lulu Santos e Nelson Motta. A escolha das canções justifica-se por serem detentoras de elevada repercussão na época de sua gravação/lançamento e ainda por serem reconhecidas no repertório do cancioneiro popular nacional. A metodologia empregada foi a revisão bibliográfica de autores da área de antropologia do consumo e semântica argumentativa e ainda uma pesquisa exploratório-experimental com públicos distintos que ouviram as canções e emitiram suas opiniões. Para o estudo das canções, foi aplicada a análise semântico-argumentativa. O resultado foi que a marca Coca-Cola ultrapassou a barreira de ser um objeto, preenchida de humanidade, passou a compor o repertório cultural do brasileiro e, por fim, acabando por se tornar, no senso comum, um sinônimo de rebeldia, juventude e relacionamento - em épocas distintas
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