Desigualdades regionais no estado do Paraná : uma análise pelo método shift-share
Resumo
Resumo: A economia paranaense vem crescendo a taxas maiores que as nacionais, porém através de uma análise inicial (pela evolução das variáveis "população e PIB" entre 1970 e 201 O), constata-se estar ocorrendo concentração populacional e econômica essencialmente na mesorregião Metropolitana de Curitiba. Decifrar de que maneira esta concentração estaria afetando o nível de desigualdade regional no estado é o objeto de investigação desta monografia. Dentro desta perspectiva, os objetivos principais deste trabalho são: o de fazer uma análise recente da desigualdade regional no estado do Paraná, ao nível de suas mesorregiões, levando em consideração o grau de dinamismo com o qual elas se apresentam; e intenção de apontar caminhos que possam ser tomados pelo estado do Paraná, via planejamento regional, em direção de um melhor aproveitamento de seus potenciais. Para alcançar tais objetivos, será utilizado o método (de análise regional) SHIFTSHARE, calculado em duas versões: clássica e também na variante de Esteban- Marquillas. Através da utilização de dados de emprego (IBGE) de catorze setores, desagregados nas dez mesorregiões paranaenses entre os anos de 2000 e 201 O, será possível categorizar as regiões de acordo com o dinamismo com o qual elas se apresentam, permitindo esboçar um retrato de desigualdade econômica para o estado do Paraná. Quanto aos resultados, o método SHIFT-SHARE (tanto o clássico quanto o modificado) retornou que apenas cinco mesorregiões (das dez paranaenses) se apresentaram dinâmicas, ao se considerar todos os setores envolvidos. Trata-se de uma demonstração da existência de desigualdade regional a nível estadual (em pelo menos 50% de seu território), existindo, entretanto, indícios de que ela possa estar diminuindo. Como sugestão de políticas de desenvolvimento regional às mesorregiões não dinâmicas, caberiam programas que desenvolvessem a sua estrutura produtiva (responsável pelo efeito estrutural) e promovessem seus fatores locacionais (responsáveis pelo efeito diferencial), de acordo com suas necessidades e objetivando a diminuição de suas desigualdades.
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- Ciências Econômicas [2072]