As causas do fracasso do plano Bresser
Resumo
Resumo: A economia brasileira passava por um momento delicado em abril de 1987 com o fracasso do Plano Cruzado, lançado em março de 1986. As reservas de divisas estavam baixas e com tendência declinante, mesmo com a moratória declarada, pois havia déficit na balança comercial; O déficit público tinha previsão para o ano de 6,7% do PIB (o maior desde 1982); Os salários reais estavam em queda; Os Estados da federação estavam com uma situação financeira insustentável; A inflação em torno de 23% ao mês beirava a hiperinflação. Soma-se a esses fatores a desilusão do povo brasileiro provocada pelo sucesso inicial e a posterior catástrofe do Plano Cruzado. É nesse cenário que Luiz Carlos Bresser Pereira, economista renomado e um dos precursores da Teoria da Inflação Inercial, assume o ministério da Fazenda em 29 de abril de 1987 com a missão de elaborar um processo de estabilização econômica. Para isso o novo ministro lança, no dia 12 de junho de 1987 o Plano Bresser, um plano híbrido, ou seja, que continha tanto elementos ortodoxos como heterodoxos de combate a inflação. Mesmo obtendo sucesso inicial na contenção da inflação e logrando uma boa reversão na balança comercial, que fechou o ano com um superávit de mais de U$ 11 bilhões, o novo plano fracassou nas metas de estabilização inflacionária e redução do déficit público, e dessa forma não conseguiu a estabilidade econômica almejada. O objetivo desse trabalho foi descobrir quais foram as causas do fracasso do Plano Bresser. Para isso, primeiramente foi feita uma revisão da Teoria da Inflação Inercial que fundamentou o plano. Posteriormente foi feita uma breve releitura do Plano Cruzado e suas heranças. Em seguida foram verificados os objetivos do Plano Bresser, as medidas adotadas e os resultados obtidos, e finalmente foram extraídas as conclusões de quais foram os pontos chaves para as causas do fracasso do Plano Bresser.
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- Ciências Econômicas [2146]