Empreendimentos solidarios e redes de trocas, alternativas pos-capitalistas de produçao e comercializaçao?
Resumo
Resumo: Através da sua lógica de acumulação, o sistema capitalista vigente tem gerado de um lado, concentração de recursos nos grandes centros da economia para financiar o capital produtivo, e de outro lado escassez de capital e postos de trabalho. Este cenário tem levado empresas e trabalhadores do mundo todo a buscarem alternativas de captação de recursos e de inserção no mercado de trabalho. A Economia Solidária, que reúne necessidades individuais e isoladas em vínculos comunitários, faz com que essas necessidades ganhem força e expressividade por meio da solidariedade. Outra alternativa encontrada pelas empresas para vencer os obstáculos do modelo são as Redes de Trocas, através da troca de seus produtos com os de outras empresas associadas à Rede. Estas trocas não envolvem moeda nacional e sim um meio circulante próprio, a Moeda Social. Alguns autores afirmam que a união das experiências da Economia Solidária, organizadas em forma de rede, possa se configurar em uma alternativa pós-capitalista de produção e comercialização. Levando em conta a complexidade das relações produtivas modernas, e das lógicas capitalista e solidária de produção, defenderemos a idéias de que essa hipótese não ocorre. Avançando no assunto através da análise do papel das Redes de Trocas como prática solidária de produção, especificando como uma Rede de Colaboração Solidária busca romper com a acumulação capitalista e apresentando alguns dados históricos, estatísticos e econômicos dos Empreendimentos da Economia Solidária e das Redes, será respondida a pergunta-título do trabalho: os empreendimentos solidários e as redes de trocas se configuram como alternativas pós-capitalistas de produção e comercialização?
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- Ciências Econômicas [2072]