Universidades corporativas e controle social : as faces da habituaçao e da instrumentalizaçao do sujeito trabalhador em uma organizaçao multinacional da área de logística
Resumo
Resumo: O presente trabalho tem por objetivo revelar o não-dito do discurso das universidades corporativas, caracterizando-as como uma tecnologia de gestão a serviço da dominação nas organizações, pelo exercício de estratégias de controle social do sujeito trabalhador. Para tanto, foi realizado um estudo de caso de abordagem qualitativa numa organização multinacional da área de logística, com sede corporativa em Curitiba-PR. Os resultados demonstram que a universidade corporativa em questão se apresenta como um conjunto de práticas pedagógicas que visam a habituar e instrumentalizar o trabalhador, de forma a amenizar - muitas vezes por antecipação - os conflitos inerentes à relação capital-trabalho no interior da organização. Contata-se a ocorrência de práticas de controle físico e, sobretudo, ideológico e afetivo, o que coaduna-se com a observação de FOUCAULT (2000) de que o controle do corpo, com o movimento de modernização da sociedade, passa antes pelo controle da alma. Esse processo de intemalização do controle promovido pela universidade corporativa conjuga-se com as necessidades de um modelo de gestão baseado no sistema de produção flexível. Abstract: The present paper has the objective of revealing the non-verbal speech from the Corporatist Universities, putting them in evidence as technology management to the service of domination on organization through strategies of social control on the force labour. For so, a study-case was conducted on Qualitative approach in a logistic focused Multinational Corporation headquartered in Curitiba-PR. The results show that the corporatist university in matter is presented as a set of pedagogical practice which are aimed at making the labourer used to it and aware of the use of the tools, so that it is soften - many times beforehand - the conflicts related to capital-work within the corporation. It is noticed the event o f practice o f physical control, and above all, ideological and affective which join FOUCAULT'S (2000) observation that states that the control of the body, along the modernization o f the society goes, first, through the soul's control. This process of control immerse promoted by the corporatist university plays the necessity of a management model based on the system o f a flexible production.
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