Os impactos da tecnologia sobre o desemprego e as políticas de emprego dos anos 90

Abstract

Resumo: O desemprego têm como grandes causas o avanço tecnológico e o crescimento econômico. O primeiro tira aqueles menos qualificados que são substituídos por máquinas. Já o segundo deixa de criar empregos e desemprega milhões quando não consegue se desenvolver de modo a aumentar a oferta e a demanda de um país. O avanço tecnológico só teria sentido se aumentasse a produção com o mesmo ou até menor número de pessoas, porém se esta produção for vendida, ou seja, é preciso que haja demanda para o aumento de produção. Governo e famílias precisam gastar para que haja crescimento. No entanto, políticas monetárias, fiscais induzem reduções da demanda para o consumo quando as taxas de juros estão altas e para o governo com políticas de redução de gastos. Dessa maneira, os trabalhadores ficam com menor poder aquisitivo e reduzem gastos, aumentando conseqüentemente o desemprego em todos os setores. As grandes empresas têm cada vez mais substituídos empregados por máquinas computadorizadas, principalmente em função da redução de custos, encargos trabalhistas, sindicatos. Apesar do investimento gasto em tecnologia, as empresas obtém maior lucro com a mecanização de grande parte de seus processos. Assim as perspectivas são de que nem o setor privado quanto o público terão capacidade de absorver milhões de profissionais disponíveis no mercado. Apesar de novos produtos e serviços serem criados em função da tecnologia, não conseguiram comportar as funções que se tornaram obsoletas. A reabsorção da mão-de-obra tem sido implantada nas grandes corporações, porém exige qualificação, multifunção, equipes de trabalho. Isso torna-se mais difícil em países onde a formação profissional é precária e a educação é de baixa qualidade. Grande parte da população submete-se a empregos temporários, sem registro em carteira, trabalho informal, redução de salários e benefícios para poder sustentar a família. Políticas de emprego como Sine, Planfor, Proger, principalmente a partir dos anos 90 têm sido implantados no sentido de possibilitar a orientação, qualificação, e recolocação profissional, assim como dar incentivo a micro e pequenas empresas, micro e pequenos produtores rurais, cooperativas, favorecendo o crescimento e conseqüentemente aumentando o número de postos, porém foram incapazes de responder aos problemas do mercado de trabalho verificadas no anos 90.