Mostrar registro simples

dc.contributor.authorSantana, Beatriz Pires, 1987-pt_BR
dc.contributor.otherSilva, Maria Cristina Figueiredo, 1961-pt_BR
dc.contributor.otherUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Letraspt_BR
dc.date.accessioned2020-03-03T16:17:20Z
dc.date.available2020-03-03T16:17:20Z
dc.date.issued2019pt_BR
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/1884/63255
dc.descriptionOrientadora: Profa. Dra. Maria Cristina Figueiredo Silvapt_BR
dc.descriptionTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Letras. Defesa : Curitiba, 31/05/2019pt_BR
dc.descriptionInclui referências: p. 316-330pt_BR
dc.descriptionÁrea de concentração: Linguísticapt_BR
dc.description.abstractResumo: Esta tese tem como objeto de estudo central as vogais temáticas do português brasileiro e sua interação com aspectos da morfologia flexional da língua. Avaliando, sobretudo, propostas anteriores que se inscrevem no mesmo quadro teórico adotado nesta tese - a teoria da Morfologia Distribuída - investigamos, por um lado, as vogais temáticas verbais e sua relação com a flexão de verbos regulares e irregulares e, por outro, as vogais temáticas nominais e sua relação com o gênero gramatical. Após considerações gerais e apresentação do quadro teórico oferecidas no capítulo 1, o capítulo 2 proporciona uma discussão sobre quantas e quais são as classes verbais e nominais do português, e propõe uma teoria explícita para a codificação das vogais temáticas na gramática. Sugerimos, primeiramente, que as classes conjugacionais são codificadas por meio de traços binários que se relacionam por meio de uma hierarquia de marcação. Ademais, mostramos que as vogais temáticas não são uma propriedade das raízes, pura e simplesmente, e sim uma propriedade das raízes em determinado contexto morfossintático e, por esse motivo, defendemos que a informação de a que classe pertence uma raiz é posterior à concatenação sintática dessa raiz com um categorizador. Uma única raiz pode acessar diferentes listas de instruções responsáveis por fornecer os traços de classe, a depender de a qual categorizador se concatena na sintaxe. Essas listas de instruções são acessadas em PF, após o spell out, ou seja, após a estrutura ser encaminhada para as interfaces, o que argumentamos prever que a Forma Lógica não tem acesso à informação de classe. Mostramos consequências dessa previsão, que sugerimos serem testadas experimentalmente. O capítulo 3 oferece uma descrição da segmentação e da estrutura dos verbos regulares, na qual a análise dos verbos irregulares, no capítulo 4, se pauta. Um aspecto fundamental dessa descrição diz respeito às vogais características das formas de presente do subjuntivo - -e, para verbos de 1ª conjugação (am-e) e -a, para verbos de 2ª e 3ª conjugação (com-a e part-a) -, que algumas análises tratam como vogais temáticas, mas que mostramos que fenômenos de metafonia e acento favorecem uma análise que considera essas vogais como morfemas de tempo/modo/aspecto, e não como vogais temáticas. No capítulo 4, investigamos a distribuição das alternâncias de radical de verbos irregulares à luz de uma teoria que prevê restrições de interação entre o alternante e seu engatilhador. A hipótese levada a cabo é a de que a raiz alternante e os traços que desencadeiam a alternância devem estar linearmente adjacentes. Em particular, defendemos que o gatilho das regras de alternância é o nó T e que a alternância só pode ocorrer quando a vogal temática, que intervém linearmente entre a raiz e T, está ausente. Mostramos que essa hipótese não só explica os padrões atestados e não atestados de irregularidade verbal da língua, como também faz previsões claras sobre esses possíveis padrões, o que mostramos ser corroborado por formas emergentes de particípio atemático na língua. Por fim, no capítulo 5, desenvolvemos uma análise para a codificação de gênero na gramática, levando em conta os três principais aspectos que envolvem essa propriedade: o valor do gênero gramatical, a composição formal do substantivo e a interpretabilidade do gênero. Propomos que gênero é uma propriedade do núcleo nominalizador n, que pode vir em três matizes diferentes: n[masc] quando o substantivo é arbitrariamente do gênero masculino (livro), n[fem] quando o substantivo é arbitrariamente feminino (mesa) e n[ ] quando o substantivo flexiona em gênero e o gênero é interpretável (menino-menina). Nesse último caso, o núcleo D é responsável por valorar o traço de gênero, via avaliação do contexto. Palavras-chave: Vogais Temáticas; Morfologia Distribuída; Flexão Verbal Regular e Irregular; Gênero.pt_BR
dc.description.abstractAbstract: The main object of study of this thesis are Brazilian Portuguese theme vowels and the way they interact with some aspects of the language's inflectional morphology. By reviewing previous proposals that are based on the same theoretical framework - the theory of Distributed Morphology - we investigate, on the one hand, the verbal theme vowels and the way they relate with regular and irregular verbal inflection and, on the other hand, the nominal theme vowels and the way they relate with grammatical gender. After presenting general considerations on the study object and the theoretical framework in chapter 1, chapter 2 provides a discussion on how many and which are the verbal and nominal classes and proposes an explicit theory for the codification of theme vowels in the grammar. Firstly, we suggest that conjugational classes are codified as binary features that relate to one another by means of a markedness hierarchy. Moreover, we show that theme vowels are not a property of roots, pure and simple, but rather a property of roots in a given morphosyntactic environment; therefore, we argue that the belonging of a root to a specific class is defined after the merge of that root with a categorizing head. A single root can have access to different instruction lists - depending on the identity of the categorizer - responsible for providing the structure with a class feature. These instruction lists are accessed in PF, after spell out, that is, after the structure has been sent to the interfaces. We argue that such an approach to theme vowels predicts that LF has no access to class information. We show how this prediction accounts for some data and suggest that it be experimentally tested in future research. Chapter 3 offers a description of the segmentation and structure of regular verb forms, which the analysis of irregular verbs in chapter 4 is based on. A fundamental aspect of this description has to do with the morphemes that characterize the present subjunctive tense - -e for 1st conjugation verbs (am-e 'love') and -a for 2nd and 3rd conjugation verbs (com-a 'eat' and part-a 'leave'). Some analyses available in the literature treat these vowels as theme vowels, but we show that phenomena related to metaphony and stress support an analysis that treats these vowels as tense morphemes rather than theme vowels. Chapter 4 investigates the distribution of stem alternations in irregular verbs in light of a theory of allomorphy that ascribes constraints to the interaction between an alternant and its trigger. The hypothesis we pursue is that a stem alternant and the features that trigger the alternation must be linearly adjacent. Particularly, we argue that the trigger for the alternations is the node T and that an alternation can only take place when the theme vowel, which linearly intervenes between the root and T, is absent. We show that such an approach to alternations not only accounts for the attested and unattended patterns of irregularity in the language, but also makes clear predictions on these possible patterns, which is corroborated by emerging forms of athematic participles in the language. Finally, in chapter 5 we develop an account for the codification of gender in the grammar, considering the three main aspects of this phenomenon: the value of gender features, the formal composition of nouns, and the interpretability of gender. We propose that gender is a property of the nominalizing head n and that this categorizer can come in three different flavours: n[masc] when the noun is an arbitrarily masculine noun (livro 'book'), n[fem] when the noun is a arbitrarily feminine (mesa 'table'), and n[ ] when the noun can change its gender value and gender is interpretable (menino-menina 'boy-girl'). In this last case, the head node D is responsible for valuing the gender feature by evaluating the context. Key-words: Theme Vowels; Distributed Morphology; Regular and Irregular Verbal Inflection; Gender.pt_BR
dc.format.extent337 p. : il.pt_BR
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.languageorpt_BR
dc.subjectLingua portuguesa - Morfologiapt_BR
dc.subjectLingua portuguesa - Verbospt_BR
dc.subjectLingua portuguesa - Vogaispt_BR
dc.subjectLíngua portuguesa - Gramáticapt_BR
dc.subjectLetraspt_BR
dc.titleMorfologia ornamental : as vogais temáticas do português brasileiropt_BR
dc.typeTese Digitalpt_BR


Arquivos deste item

Thumbnail

Este item aparece na(s) seguinte(s) coleção(s)

Mostrar registro simples