Ensaio sobre uma economia política da lei : dispositivos biopolíticos contemporâneos
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Data
2018Autor
Costa, Lugan Thierry Fernandes da, 1996-
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Resumo: A pesquisa desenvolvida para esta ocasião assenta-se na investigação do arcabouço conceitual da filosofia política por meio da revisão textual e a abertura para conexão e comparação. Com isso, apresenta-se um escopo conceitual que será contraposto com acontecimentos atuais e próximos. Dupla articulação conceitual, pela retomada conceitual e revisão bibliográfica e pela possibilidade de desvendar o presente. O arcabouço conceitual utilizado tem como referência interna as concepções de Michel Foucault. Por isso, a primeira parte do trabalho delineia-se vagamente a rota histórica da arte de governar até a governamentalidade neoliberal. Isto é, a partir do desbloqueio das múltiplas formas de governo pelo nascimento da ciência política até a postulação do neoliberalismo como uma racionalidade de governo. Esses conceitos são colocados para dialogar com as contribuições contemporâneas de Pierre Dardot e Christian Lava, para quem o neoliberalismo constitui uma racionalidade que tem a concorrência como forma de sujeição. Em especial, entendem que o neoliberalismo é uma ordem normativa que harmoniza formas de Capital e subjetivas. Disso, Maurizio Lazzarato diverge, haja vista que concebe o neoliberalismo exatamente como o momento histórico em que as formas subjetivas e de circulação financeira entram em colapso. Essa relação histórica do governo neoliberal é desvendada por meio da chave de compreensão do dispositivo. Esse termo também remonta à Foucault e refere-se à rede formada entre elementos discursivos e não discursivos para responder uma urgência histórica. Agamben e Deleuze retomaram, cada um a seu modo, esse conceito, mas ambos demarcarão a característica heterogênea da composição do dispositivo e o modo com articula a formação histórica de certo período. A título de exemplo de como funciona um dispositivo, apresenta-se a problemática do drone, de como altera a lógica da guerra e se sustenta em uma série de discursos e instituições. Por fim, o problema da morte como dispositivo operando dentro da biopolítica é retomado, novamente, segundo as contribuições de Foucault. Essa são, em seguidas, atualizadas pela concepção de Agamben de máquina antropológica, que promove processos discursivos de inumanização; e de pela noção de governo da morte de Achille Mbembe, que faz a morte aparecer no regime biopolítico.
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- Ciências Jurídicas [3389]