A pobreza e as desigualdades no ensino profissionalizante : um estudo de caso no curso PROEJA-FIC Eletricista Instalador Predial de Baixa Tensão - IFPR Campus Paranaguá
Resumo
Resumo : Os currículos escolares podem ser instrumentos utilizados para atuar sobre as relações desiguais historicamente estabelecidas na educação. Na educação profissional do Brasil, as relações capitalistas instrumentalizaram e racionalizaram as relações de pobreza e desigualdade por meio do trabalho, excluindo o acesso à educação, racionalizado na luta pela sobrevivência de uma sociedade exclusa de direitos. Neste sentido, como potencial rompimento desta exclusão na atual sociedade, têm-se os currículos escolares que podem dar voz e ser instrumentos de meio comunicativo para reestabelecer um horizonte que considere variáveis socioeconômicas e culturais em seus contextos, incluindo a pobreza como elemento difusor na elaboração de projetos de curso. Para isto, é necessário repensar o currículo, conhecer as realidades e diferentes contextos nos quais a escola está inserida. Neste estudo, se analisou um currículo pensado para a educação profissional. Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica sobre pobreza e educação profissional, em tom reflexivo e crítico, sintetizado na frase: "a pobreza do trabalho educacional" e de análise documental, por meio do estudo do projeto político pedagógico de um curso de educação profissional. Por fim, com base na teoria Habermaziana da razão comunicativa, o estudo traz reflexões de como um currículo pode ser um instrumento potencializador para romper com a ação instrumental e transformar a realidade social local.