Análise da influência da estrutura e composição do somito sobre o padrão migratório de células da crista neural em embriões de galinha Sedosa japonesa e Leghorn
Resumo
Resumo : Embriões de aves são muito semelhantes aos embriões de mamíferos na complexidade morfológica e no curso geral do desenvolvimento. As células que irão formar os somitos encontram-se em duas largas bandas que correm longitudinalmente ao lado da notocorda e tubo neural já formado, a mesoderme paraxial. Ocorre uma regionalização da mesoderme paraxial para formar os somitômeros, estruturas que dão origem aos somitos. Os somitos são organizados em dermátomo, miótomo e esclerótomo por sinais provenientes da notocorda e tubo neural e vão contribuir com a formação da derme, músculos esqueléticos e vértebras, respectivamente. A crista neural é uma população de células que migra da porção dorsal do tubo neural, logo após o fechamento do mesmo após o término da neurulação. No tronco de embriões de aves, as células da crista neural migram por duas vias: a ventral, entre o tubo neural e os somitos, e a dorsolateral, entre a ectoderme e os somitos. As células que migram pela via ventral vão dar origem a células do Sistema Nervoso, a as que migram pela via dorsolateral vão dar origem a melanócitos. Na galinha Sedosa japonesa, as células que migram pelas vias dorsolateral e ventral vão dar origem a melanócitos, diferente da raça Leghorn, onde são observadas moléculas inibidoras de precursores de melanócitos na via ventral. É importante saber qual a interação entre as células de crista neural e os somitos destes embriões, buscando entender o possível papel dos somitos e componentes de matriz extracelular no direcionamento das células. Foram realizadas análises morfológicas dos somitos e citoquímicas que indicam a presença de ácido hialurônico em troncos de embriões das duas raças.
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