Morfometria geométrico e o dimorfismo sexual na forma e no tamanho da asa em Aedes aegypti (L.) (Diptera, Culicidae)
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Data
2010Autor
Pereira, Rudá Emanuel Egídio, 1987-
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Resumo : As fêmeas de Aedes aegypti, assim como na maioria das espécies de culicídeos, apresentam hábito hematófago, ao contrário dos machos, além de emergirem mais tarde. Embora exista uma diferenciação clara nas antenas de machos e fêmeas, as diferenças nas histórias de vida podem desencadear variações/covariações morfológicas em outros marcadores desencadeadas por pressões seletivas diferentes nos sexos. O presente estudo tem como objetivo testar a existência e a magnitude do dimorfismo sexual em Aedes aegypti, utilizando-se do formalismo da morfometria geométrica. Foi utilizado como caráter a forma e o tamanho das asas, um marcador morfológico que permite a delimitação clara de marcos anatômicos e possui uma história de formação geral conhecida. Para isso, definiram-se, em montagens semipermanentes das asas do lado direito, 21 marcos anatômicos bidimensionais homólogos, que correspondiam às intersecções das veias. Foram utilizados indivíduos criados em laboratório (F1) provenientes dos municípios de Foz do Iguaçú, Paraná (Figura 01); Loanda, Paraná (Figura 02) e Porto Velho, Rondônia (Figura 03). Posteriormente, foi realizado a superposição de procrustes utilizando a técnica dos quadrados mínimos parciais. Neste procedimento, as asas são rotacionadas, proporcionalizadas e escalonadas, de modo a permitir as análises de morfometria geométrica. O tamanho do centróide, considerado como uma medida do tamanho geral, mostrou-se diferente entre os sexos sendo a asa da fêmea maior. A análise de componentes principais (PCA) reduziu os eixos de 38 para 4, que explicaram juntos 70% da variação observada. A dispersão dos pontos no espaço formado pelos eixos 1 (PC1) e 2 (PC2) sugeriu a existência de dois grupos. A variação entre os grupos relativa à variação dentro dos grupos foi determinada através da análise das variáveis canônicas (CVA), que resultou em um eixo explicando 100% da variação. Neste eixo, o espaço foi dividido entre os grupos que representam machos e fêmeas, com distância de Mahalanobis entre eles de 7,4145 (p<0,0001). Ficou evidente, então, a existência de um forte dimorfismo sexual nas asas de Aedes aegypti, tanto no tamanho quanto na forma.
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