Consultoria em bem-estar para as camareiras de hotel : felicidade dos funcionários e dos hóspedes

Abstract

Resumo : O ramo da hotelaria, que recebeu maior destaque na economia nos anos 1990, frequentemente emprega profissionais sem qualificação específica ou aspiração ao progresso. A procura por maior competitividade fez com que os hotéis diminuíssem gastos, equipes e salários, afetando diretamente os trabalhadores em posições de maior vulnerabilidade, como as camareiras. Essas profissionais precisam lidar com condições de trabalho incertas, com escassa segurança ou apoio, frequentemente em contextos de tensão, humilhação e até abuso, conforme ressaltado por Vázquez e López (2021). A rotatividade, muitas vezes ligada a baixos níveis de contentamento e bem-estar dos funcionários, acarreta despesas para os hotéis e sobrecarga para as equipes remanescentes, afetando de forma negativa o ambiente de trabalho e o bem-estar coletivo. Problemas como a jornada de trabalho de 48 horas por semana, ausência de folgas e trabalho em feriados afastam profissionais da área e destacam a necessidade de estratégias que favoreçam uma vida de maior qualidade. Assim, a aplicação de políticas focadas na melhoria das condições laborais, tais como apoio emocional, reconhecimento e remuneração justa, pode ser uma estratégia promissora para atrair talentos, diminuir despesas e promover um maior equilíbrio entre as metas da empresa e as demandas dos seus colaboradores. Para entender mais profundamente as motivações e demandas dos funcionários do setor, foram conduzidas entrevistas semiestruturadas com quatorze camareiras de um hotel de Curitiba. Os depoimentos mostram que essas funcionárias não se incomodam mais com a escala exaustiva, sofrem com pressão vinda dos superiores e sentem dores nos braços e pulsos devido ao trabalho pesado e repetitivo. Como projeto será elaborado a proposta de uma consultoria para esse setor

Abstract : The hospitality sector, which gained greater prominence in the economy during the 1990s, often employs professionals without specific qualifications or aspirations for career advancement. The pursuit of greater competitiveness has led hotels to reduce costs, staff, and salaries, directly affecting workers in more vulnerable positions, such as housekeepers. These professionals face uncertain working conditions, scarce security or support, and are often exposed to tension, humiliation, and even abuse, as highlighted by Vázquez and López (2021). Turnover, often linked to low levels of employee satisfaction and well-being, results in costs for hotels and additional burdens for the remaining teams, negatively impacting the work environment and collective well-being. Issues such as 48-hour workweeks, lack of adequate days off, and working on holidays discourage professionals from the field and emphasize the need for strategies that promote higher quality of life in the workplace. Thus, implementing policies focused on improving working conditions—such as emotional support, recognition, and fair compensation—can be a promising strategy to attract talent, reduce costs, and foster a better balance between the company's goals and the needs of its employees. To gain deeper insight into the motivations and demands of hospitality workers, semi-structured interviews were conducted with fourteen housekeepers at a hotel in Curitiba. The testimonies revealed that these workers no longer complain about the exhausting schedules, suffer pressure from supervisors, and experience pain in their arms and wrists due to heavy and repetitive tasks. As part of the project, a consultancy proposal will be developed for this sector