A implementação do novo padrão fsc para plantações florestais no Brasil : desafios, oportunidades e implicações para a gestão ambiental
Resumo
Resumo: A certificação florestal tem se consolidado como um instrumento estratégico para promover o manejo sustentável e fortalecer a governança socioambiental no setor florestal. Em 2025, entrou em vigor no Brasil o novo padrão FSC-STD-BRA-01.1-2025, específico para plantações florestais, trazendo mudanças significativas nos critérios de avaliação. O objetivo deste estudo foi analisar os impactos da adoção desse novo padrão, com ênfase nos aspectos ambientais, sociais e econômicos. Para tanto, adotou-se uma abordagem qualitativa, baseada na aplicação de um questionário com 18 perguntas direcionadas a gestores florestais, consultores e auditores atuantes em empresas já auditadas segundo os novos critérios. As respostas foram analisadas por categorização temática, permitindo identificar padrões de percepção e prática. Os resultados indicaram avanços relevantes, como a maior objetividade dos indicadores sociais, o fortalecimento da diversidade, o aumento do engajamento comunitário e a ampliação do monitoramento ambiental. Por outro lado, emergiram desafios como a complexidade de interpretação dos indicadores, a necessidade de investimentos adicionais em capacitação e a dependência de consultorias especializadas. Conclui-se que o novo padrão representa uma evolução nas exigências de sustentabilidade, mas sua efetividade depende da capacidade de implementação das empresas e de maior apoio do FSC para acompanhar as diferentes realidades locais Abstract: Forest certification has consolidated as a strategic instrument to promote sustainable forest management and strengthen socio-environmental governance in the forestry sector. In 2025, Brazil adopted the new FSC-STD-BRA-01.1-2025 standard, specific to forest plantations, introducing significant changes in compliance criteria. The objective of this study was to analyze the impacts of adopting this new standard, with emphasis on environmental, social, and economic aspects. A qualitative approach was applied, based on a questionnaire with 18 questions directed at forest managers, consultants, and auditors working in companies already audited under the new criteria. Responses were analyzed through thematic categorization, allowing the identification of recurring patterns of perception and practice. The results indicated relevant advances, such as greater objectivity in social indicators, strengthening of diversity, increased community engagement, and expanded environmental monitoring. On the other hand, challenges emerged, including the complexity of interpreting indicators, the need for additional investments in training, and the growing reliance on specialized consultancies. It is concluded that the new standard represents an evolution in sustainability requirements, but its effectiveness depends on companies’ implementation capacity and greater support from FSC to address the diverse realities found in the field
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