Efeitos do treinamento de força com carga imposta ou auto selecionada nas respostas perceptuais, afetivas, função, qualidade muscular e funcionalidade de pessoas idosas
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Data
2024Autor
Garcia, Erick Doner Santos de Abreu
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Resumo: O objetivo do presente estudo foi verificar o efeito de doze semanas de treinamento de força com cargas auto-selecionadas ou impostas na função muscular, funcionalidade, qualidade muscular e respostas perceptivas e afetivas em pessoas idosas. Métodos: Participaram 24 voluntários alocados em dois grupos de 12 participantes cada: grupo auto-selecionado (GA) (8 mulheres, 4 homens; idade média = 66,92 ± 6,18 anos) e grupo imposto (GI) (8 mulheres, 4 homens; idade média = 65,33 ± 2,42 anos). O programa de exercícios de força durou 12 semanas (3d/sem). Todos os exercícios foram realizados em máquinas na seguinte ordem: supino reto, cadeira extensora, puxada frontal e cadeira flexora. O GA foi orientado a selecionar uma carga que permitisse completar três séries de 10 repetições, enquanto o GI teve a carga imposta com aumento progressivo a cada 4 semanas (50, 60 e 70% de 1RM) seguindo o modelo de prescrição de exercício com cargas progressivas recomendado pelo ACSM. As respostas de Percepção Subjetiva de Esforço e Valência Afetiva foram registradas ao final de cada sessão. A avaliação da função muscular foi realizada por meio do teste de extensão isométrica máxima do joelho utilizando o dinamômetro Biodex Multi-joint. A funcionalidade foi avaliada através dos testes: Timed up and Go (TUG), teste de caminhada de 10 metros (TC10) e teste de sentar e levantar da cadeira cinco vezes (Five times Sit To Stand – FTSTS). Composição e arquitetura muscular foram avaliadas por meio de ultrassonografia através das variáveis: intensidade do eco, espessura muscular, ângulo de penação e comprimento do fascículo. Todos os testes foram realizados antes e após a intervenção. Resultados: Ambos os grupos demonstraram aumentos significativos na força muscular (GA=34% e GI=18%), incluindo melhorias no pico de torque normalizado pela massa (PT), torque isométrico absoluto (TIA) e taxa de desenvolvimento de torque (TDT). Na capacidade funcional houve melhoras nos testes TC10, sentar e levantar da cadeira cinco vezes e TUG após 12 semanas de intervenção. Especificamente, no GA, observou-se uma redução de 17%, 20% e 15% nos tempos dos testes TUG, Sentar e Levantar e TC10, respectivamente. Já no GI, as reduções foram de 20%, 12% e 11% nos mesmos testes. Além disso, o GA relatou menor PSE (3,23±1,18) e maiores respostas afetivas (3,01±0,49) em comparação com o GI (PSE=5,44±1,21 e Afeto=1,76±0,55) nas últimas 4 semanas de intervenção. Conclusões: os resultados deste estudo destacam a eficácia de ambos os treinamentos (imposto e auto selecionado) no aumento da força muscular e da capacidade funcional em idosos. No entanto, a menor PSE e o maior afeto apresentado pelo grupo auto-selecionado nas últimas 4 semanas podem estar relacionados à diferença de carga, uma vez que o grupo imposto utilizou 70% de 1RM frente a 60% do grupo auto-selecionado nesse período Abstract: Objective: This study aimed to verify the effect of twelve weeks of strength training with self-selected or imposed loads on muscle function, functionality, muscle quality, and perceptual and affective responses in older men and women. Methods: Twenty-four volunteers participated, divided into two groups of 12 participants each: the self selected group (SG) (8 women, 4 men; mean age = 66.92 ± 6.18 years) and the imposed load group (IG) (8 women, 4 men; mean age = 65.33 ± 2.42 years). The strength exercise program lasted 12 weeks (3 days/week). All exercises were performed on machines in the following order: bench press, leg extension, lat pulldown, and leg curl. The SG was instructed to select a load that allowed them to complete three sets of 10 repetitions, while the IG had the load progressively increased every 4 weeks (50%, 60%, and 70% of 1RM), following ACSM exercise prescription recommendations. Perceived exertion (PSE) and affective valence (AFFECT) responses were recorded at the end of each session. Muscle function was assessed by maximal isometric knee extension using the Biodex Multi-joint dynamometer. Functionality was evaluated using the Timed Up and Go (TUG), 10-meter walk test (TC10), and five-times sit-to-stand (FTSTS) tests. Muscle composition and architecture were assessed by ultrasound, with variables including echo intensity, muscle thickness, pennation angle, and fascicle length. All tests were performed before and after the intervention. Results: Both groups demonstrated significant increases in muscle strength (SG = 34% and IG = 18%), including improvements in peak torque normalized by mass. Functional capacity improved in the TC10, TUG, and FTSTS tests after 12 weeks of intervention. Specifically, in the SG, there was a 17%, 20%, and 15% reduction in times for the TUG, Sit-to-Stand, and TC10 tests, respectively, while the IG showed reductions of 20%, 12%, and 11% for the same tests. Additionally, the SG reported lower PSE (3.23 ± 1.15) and higher affective responses (2.85 ± 0.54) compared to the IG (PSE = 3.89 ± 1.08 and AFFECT = 2.17 ± 0.53) in the last 4 weeks of intervention. Conclusions: In summary, the results of this study highlight the efficacy of both training methods (self-selected and imposed) in increasing muscle strength and functional capacity in older adults. However, the lower PSE and higher affective responses reported by the self-selected group in the last 4 weeks may be related to load differences, as the imposed group used 70% of 1RM versus the 60% maintained by the self-selected group during this period
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