Homofobia e escola : masculinidades docentes gays diante da heteronormatividade
Resumo
Resumo : Este trabalho dedica-se a entender as práticas de homofobia contra os professores gays e suas masculinidades subalternas no contexto escolar, considerando padrões heteronormativos operantes na escola. Para tal, foram selecionados 5 casos para análise extraídos em diferentes sites de reportagens, os quais apresentaram discursos homofóbicos contra as sexualidades dissidentes. Partindo da metodologia qualitativa, estudos de vertente pós-estruturalista serviram para entender as origens e fundamentos do ódio contra os homossexuais. Os estudos de gênero de Scott (1995) e de sexualidade de Foucault (1998) em consonância com Louro (1997) e suas aproximações ao contexto escolar, além de discussões sobre masculinidades com Connell (1995) e Kimmel (1998) e a Epistemologia do Armário de Sedgwick (2007) foram fundamentais no trabalho de pesquisa. As contribuições de Pereira e Sierra (2019) sobre o fundamentalismo religioso e seus impactos sobre a produção de ódio contra sexualidades dissidentes também foram úteis nas análises dos casos. Por fim, a conclusão foi que, independente da justificativa, os discursos homofóbicos contra os professores gays continuam sendo expressões de homofobia e o docente pode se impor e encarar tais práticas, ou entrar no armário estrategicamente para evitar julgamentos Abstract : This work aims to understand the practices of homophobia against gay teachers and their subaltern masculinities in the school context, considering heteronormative patterns operating within the school. To achieve this, five cases were selected for analysis from various news sources, which featured homophobic speech against dissenting sexualities. Employing a qualitative methodology, post-structuralist studies were used to comprehend the origins and foundations of hatred against homosexuals. The gender studies of Scott (1995) and Foucault's (1998) sexuality studies, in conjunction with Louro's (1997) approaches to the school context, as well as discussions on masculinities with Connell (1995) and Kimmel (1998), and Sedgwick's (2007) Epistemology of the Closet, were pivotal in the research. The contributions of Pereira and Sierra (2019) on religious fundamentalism and its impacts on the production of hatred against dissenting sexualities were also useful in the case analyses. In conclusion, regardless of the justification provided, homophobic speech against gay teachers continues to be expressions of homophobia, and educators can choose to resist such practices or strategically enter the "closet" to avoid judgment
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- Pedagogia [606]