USO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL EM UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE EM TEMPOS DE COVID-19: um relato de experiência.
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Data
2020-09-15Autor
Marta Regina Carvalho de Oliveira Borges
Luciana Rodrigues Cordeiro
Sylvania Gomes de Oliveira Grangeiro
Camila Marques da Silva Oliveira
Jamine Borges de Morais
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INTRODUÇÃO: Em março de 2020 a Organização Mundial de Saúde declarou a pandemia pela Covid-19 (Corona Virus Disease 2019) desencadeada pela infecção pelo novo Coronavírus 2 da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS-CoV-2). Nesta ambiência, a RDC n° 356, de 23 de março de 2020, determina que em virtude da emergência de saúde pública internacional relacionada ao SARS-CoV-2, os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) necessários para a realização da assistência em serviços de saúde são máscaras cirúrgicas, respiradores particulados (N95, PFF 2 ou equivalentes), óculos de proteção, protetores faciais (face shield), vestimentas hospitalares descartáveis (aventais, capotes), gorros e propés OBJETIVO: descrever o processo de trabalho de profissionais de saúde de uma UAPS no que concerne ao uso dos EPIs no contexto da pandemia pelo coronavírus. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência vivenciado por enfermeiras em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) do município de Fortaleza-CE. Utilizou-se como técnica de coleta de dados a observação do cotidiano do serviço de saúde, sendo esta realizada nos meses de abril, maio e junho. Os registros foram feitos em diário de campo e posteriormente foram analisados a partir do confronto com a literatura pertinente ao tema. RESULTADOS: A proteção individual, embora não seja um procedimento novo para profissionais de saúde, na atenção básica, por vezes, o uso de EPI mostra-se relativizado. Com a pandemia o uso se tornou indispensável em todos os serviços de saúde. Contudo observou-se que o uso do EPI pareceu ser desconfortável para muitos profissionais o que pode estar relacionado a falta de hábito, ao excesso de confiança ou, ainda, ao desconforto térmico tendo em vista as temperaturas elevadas, causando sudorese intensa. Pode-se observar a má utilização dos EPIs, como máscaras no queixo, mãos em contatos com os olhos e boca após baixar a máscara, e erro no descarte do equipamento em via pública. Percebeu-se que a retirada dos EPIs também era realizada de forma incorreta, resultando em contaminação. A ocorrência de tais ações, foi percebida principalmente em trabalhadores de nível médio e setor administrativo. Dentre todos os trabalhadores contaminados, percebeu-se que a maioria eram de nível médio e setor administrativo. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os profissionais devem estar em constante capacitação para o uso correto dos EPIs e sensibilizados para a importancia desse uso, de modo que possa evitar o contágio, preservar a vida e exercer o cuidado de forma segura para si e para os usuários do serviço. Palavras-chave: Equipamentos de Proteção. COVID-19. Atenção Primária.