Repensando as dimensões do apartidarismo brasileiro: uma análise das bases sociais, atitudinais e comportamentais do eleitorado
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Data
2021-12-18Autor
Filipe Vicentini Faeti
Éder Rodrigo Gimenes
Daniel Leonel da Rocha da Rocha
Metadata
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O objetivo deste artigo é analisar quais os efeitos do aumento da sofisticação política sobre formas convencionais e não convencionais de participação. O recente debate protagonizado por pesquisadores como Russell Dalton (2013), apontam para uma mudança no padrão de cidadania em democracias consolidadas, com indivíduos mais críticos e apartidários. Para o referido autor, a apatia do eleitorado não seria sinal de crise das instituições representativas, mas sim, sofisticação política dos ativistas, uma vez que a ausência de ativismo tradicional seria equiparada e/ou até superada pela atuação em atividades contestatórias. Julian Borba, Éder Rodrigo Gimenes e Ednaldo Aparecido Ribeiro, em artigo de 2015, testaram esta hipótese para o caso brasileiro e verificaram que a sofisticação política tem impacto sobre o perfil mais crítico e apartidário dos cidadãos brasileiros. Neste artigo, replicamos o estudo dos referidos autores a partir de dados atualizados sobre o Brasil. Os resultados confirmam as previsões do estudo de Borba, Gimenes e Ribeiro (2015) e apontam para o aumento da importância da sofisticação política como condicionante da participação.Palavras-chave: partidarismo; sofisticação política; comportamento político; democracia. DOI: 10.5380/2dcp2021.artcomp01p13-27