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dc.contributor.authorDANIEL EGG NETO
dc.contributor.authorEDUARDA FERREIRA MATOSO
dc.contributor.authorDIEGO ESTEVES DOS SANTOS
dc.creatorUniversidade Positivo
dc.date.accessioned2024-10-28T18:43:14Z
dc.date.available2024-10-28T18:43:14Z
dc.date.issued2020-07-31
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/1884/90863
dc.description.abstractOBJETIVO: Avaliar a assistência em saúde a homens trans e/ou pessoas transmasculinas que procuraram atendimento médico por queixas ginecológicas, analisando a visão dos próprios pacientes sobre a(s) consulta(s) médica(s) e as necessidades apontadas por estes. MÉTODO: Através de um questionário online obtiveram-se visões acerca da qualidade do atendimento médico por queixas ginecológicas a homens trans e pessoas transmasculinas, pela perspectiva dos próprios pacientes. A divulgação do formulário se deu por envio aleatório, através de uma rede social, a homens trans e pessoas transmasculinas. Foram usados como critérios de inclusão: ser homem transexual ou pessoa transmasculina; residir no Brasil; ter mais de 18 anos; e como critérios de exclusão: ser pessoa cisgênero; ter menos de 18 anos. RESULTADOS: Das 35 respostas avaliadas, 21 declaram já ter procurado assistência médica por queixas ginecológicas, sendo que 42% o fez uma única vez. A maior parte dos pacientes declarou não se sentir acolhido na consulta, além de não terem sua necessidade atendida na maioria dos casos. Entre os problemas no atendimento citados, estão: falta de uso do nome social e de pronomes de tratamento corretamente, falta de conhecimento do profissional acerca das questões da população trans, falta de preparo na recepção do serviço. Habilidades médicas como escuta, clareza nas orientações e planejamento conjunto tiveram avaliações negativas pelos entrevistados. Ao responder se julgam que “a consulta poderia ter sido melhor”, mais de 60% afirma que “sim”. Dentre pessoas que nunca procuraram assistência médica por queixa ginecológica, 43,5% afirmam que não o fizeram porque “têm receio de como seria a consulta”. A avaliação abordou ainda o ponto “respeito durante o atendimento”, sobre o qual a maioria das respostas relata que houve desrespeito por parte do profissional na consulta. CONCLUSÃO: Ainda que retirada da lista de doenças mentais, a transexualidade ainda é tratada de forma patologizada. Os corpos e as experiências trans são deslegitimados; e as necessidades, invisibilizadas. Da forma com que a assistência médica está colocada, o sistema de saúde se torna mais um item de marginalização social frente a toda a opressão já existente. Nesse sentido, fica claro que a saúde da população trans é um assunto que deve ser debatido por toda a sociedade, de modo a questionar as origens da desigualdade que as atinge com ainda mais força e crueldade, a fim de extinguir esses padrões opressores que afetam tantas vidas.
dc.format.mimetypeapplication/pdf
dc.relation.ispartofII Congresso de Saúde Coletiva da UFPR
dc.subjectGinecologia
dc.subjectTransexualidade
dc.subjectAssistência médica;
dc.titleQUEIXAS GINECOLÓGICAS EM HOMENS TRANS E PESSOAS TRANSMASCULINAS: O ATENDIMENTO MÉDICO PELA VISÃO DO PACIENTE
dc.typeArtigo
dc.identifier.ocs4309


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