Tracejos cartográficos em território bilíngue : pistas sobre ensino de ciências
Resumo
Resumo: A linguagem enquanto força de conformação, força de manutenção, força de delimitação, força de ordenação. A palavra enquanto manutenção de sistema de poder. Assim, guiados por máquinas capitalistas homogeneizantes, categorizamos tudo: o que é humano, não humano, ciência, educação, corpos, língua. A Filosofia da Diferença delineia outros entendimentos possíveis sobre pessoas Surdas e a potência encontrada nas linhas de fuga. Com desejo de associar conexões com a Educação em Ciências em escola bilíngue (Libras - português) tecemos uma pesquisa cartográfica. Flutuamos em um campo de experimentações corpo-escola-surdezciências. Não pretendemos limitar as investigações a resposta de um problema de pesquisa, queremos reverberar subjetividades, para que novos movimentos se conectem e contaminem. A cartografia surge enquanto proposta metodológica inventiva, submersiva, subversiva e contagiante, buscando respeitar a processualidade, a construção através do tempo, por meio dos encontros. Temos algumas pistas que orientam nosso caminho no espaço de investigação para que não nos percamos no caos. A primeira delas é que ambiente é esse? para compreender mais do porquê essa escola foi estruturada, que políticas nela habitam, quais suas propostas enquanto instituição de ensino, instituição de encontros, instituição de produção de potencialidades. A segunda pista é que sujeitos são esses? para compreender que indivíduos são esses que compõem essa escola, que trabalham nessa escola, que estudam nessa escola, que fazem parte da história dessa escola. A terceira pista é que Educação em Ciências? para compreender como os conceitos científicos são trabalhados em sala de aula, quem são os professores que se dedicam ao ensino bilíngue, qual seu processo formativo, qual sua história dentro da escola. Os registros das aventuras cartográficas são cartas destinada a Bartholomew, um herói excremental. Esses registros contam sensibilizações vivenciadas no campo de pesquisa, perpassados pelas burocracias do Projeto Político Pedagógico às festas escolares, acompanhando encontros, conversas e memórias de colaboradores e estudantes. Em conversas com professoras de Ciências, tecemos narrativas que contam suas histórias, formações e aproximações com a escola. Deparamos com uma professora bilíngue, tendo todas suas práticas docentes em Libras. Já outra teve imersão na língua pela primeira vez com o contato com a escola, não sendo fluente e, assim, trabalhando junto do intérprete. Apesar de estimar a codocência, ela não acontece nos conformes de trabalho partilhado. Além disso, são evidenciados caminhos que as trouxeram à escola Alcindo Fanaya Júnior, discussões de conteúdos científicos e práticas avaliativas. Ao reverberar subjetividades, convocamos outros modos de pensar educações que permitam sensibilizar corpos, dentro e fora Abstract: Language as a conformation force, maintenance force, delimitation force, ordering force. The word while power system maintenance. Thus, guided by homogenizing capitalist machines, we categorize everything: what is human, non-human, science, education, bodies, language. The Philosophy of Difference outlines other possible understandings about deaf people and the power found in the lines of flight. With the desire to associate connections with Science Teaching in a bilingual school (Libras - Portuguese) we wove a cartographic research. We float in a field of body-schooldeafness- science experiments. We do not intend to limit the investigations to the answer of a research problem, we want to reverberate subjectivities, so that new movements connect and contaminate. Cartography emerges as an inventive, submersive, subversive and contagious methodological proposal, seeking to respect procedurality, construction through time, through encounters. We have some clues that guide our path in the investigation space so that we don't get lost in the chaos. The first one is what environment is this? That encourages understanding more of why this school was structured, what policies it inhabits, what are its proposals as a teaching institution, an institution for meetings, an institution for the production of potentialities. The second clue is who are these guys? That encourages understanding which individuals are those who make up this school, who work at the school, who study at the school, who are part of the history of this school. The third clue is Science Teaching? That encourages understanding how scientific concepts are worked in the classroom, who are the teachers who are dedicated to bilingual teaching, what is their formative process, what is their history within the school. The records of cartographic adventures are letters addressed to Bartholomew, an excremental hero. These records tell of sensitizations experienced in the research field, permeating the bureaucracies of the Pedagogical Political Project to school parties, accompanying meetings, conversations and memories of collaborators and students. In conversations with Science teachers, we weave narratives that tell their stories, training and approaches to school. We came across a bilingual teacher, having all her teaching practices in Libras. Another was immersed in the language for the first time through contact with the school, but was not fluent and, therefore, works with an interpreter. Despite estimating co-teaching, it does not occur in shared work arrangements. Furthermore, the paths that brought them to the Alcindo Fanaya Júnior school are highlighted, as are discussions of scientific content and evaluation practices. By reverberating subjectivities, we call for other ways of thinking about education that make it possible to sensitize bodies, inside and outside
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