A concepção do professor acerca da inclusão dos alunos com paralisia cerebral, no ensino fundamental de 1° ao 5° ano da rede pública de Curitiba

Abstract

Resumo : Sabe-se que a inclusão de crianças com paralisia cerebral na escola regular de ensino constitui-se como um desafio para os professores. Cada criança apresenta especificidades que estão relacionadas aos comprometimentos neurológicos e aos estímulos propostos em diferentes contextos. A partir dessa realidade, delineou-se esse estudo com a finalidade de investigar como os professores concebem a criança com paralisia cerebral, e de que forma viabilizam o processo de inclusão visando o desenvolvimento das mesmas. A pesquisa foi realizada com professores que atuam no ensino fundamental de 1o ao 5o ano, no município de Curitiba-PR, que tinham em sua sala, ou já tiveram, aluno com paralisia cerebral. Em termos metodológicos, caracteriza-se como um estudo exploratório- descritivo. Para a coleta e análise de dados, realizou-se uma entrevista com base em um questionário estruturado, contendo quatro questões objetivas e seis questões subjetivas. Organizaram-se as respostas em unidades de análise, adotando quatro eixos temáticos: o conhecimento do professor acerca da paralisia cerebral; a concepção do professor sobre a inclusão de crianças com necessidades especiais; como é a relação dele com o processo de inclusão de crianças paralisia cerebral; quais são as estratégias didático-metodológicas utilizadas visando a inclusão e o desenvolvimento da criança. Destaca-se que os resultados não podem ser generalizados em decorrência do número de participantes. No entanto, estudos cujos resultados possibilitem uma reflexão cerca da inclusão de crianças com paralisia cerebral podem contribuir na área da educação visto que trabalhos com essa temática ainda são poucos. Afinal, o desafio de incluir crianças com paralisia cerebral em classes regulares está posto e é necessário compreender melhor o processo, não apenas pela garantia de direitos legalmente previstos, mas por uma questão de respeito, de atuação enquanto cidadãos, e dignidade humana