| dc.description.abstract | Resumo: Estimam-se 10 mil cães e gatos no município de Itupeva, sendo que muitos destes vivem em situação vulnerável de semidomicílio e abandono nas vias públicas. Protetores frequentemente procuram pelo serviço de esterilização cirúrgica de cães e gatos oferecido continuamente pelo Departamento de Fauna e Bem-Estar Animal (DEFBEA), responsável também pelo resgate seletivo, avaliações de bem-estar animal, encaminhamento de animais silvestres para reabilitação, retirada de animais mortos em vias públicas, adoção responsável e educação ambiental. Percebe-se uma lacuna no entendimento da atuação e funções entre esses importantes atores da proteção animal, gerando uma relação conflituosa. Objetivou-se caracterizar quem são, como e onde atuam os protetores de animais, apresentar as funções e serviços realizados pelo órgão público e as atuais políticas voltadas aos animais, aproximar e criar um canal transparente de interação e diálogo, cadastrar os protetores, orientar e propor parcerias às demandas e planejar futuras ações. O evento, "Diálogo com a Proteção Animal no Município: Bem-Estar Animal e o DEFBEA", ocorreu dia 01 de dezembro de 2022, em 2 horários distintos no auditório, previamente divulgado nas mídias oficiais municipais para que todos interessados na causa animal tomassem ciência e participassem. Idealizou-se uma apresentação e um questionário semiestruturado para levantamento de dados quantitativos e qualitativos sobre atuação no manejo populacional de cães e gatos. Verificou-se que: 100% são do sexo feminino, há uma renovação contínua dos atuantes, 67% atuam com a espécie felina, 20% mantem registros dos animais resgatados, 100% resgatam animais em situação de rua, vulnerabilidade e maus-tratos e os encaminham para adoção, 40% contribui na manutenção da fonte de alimento aos animais em situação de rua, 80% encaminha os animais resgatados para castração, mas ainda 17% são disponibilizados sem castrar. A captura, esterilização, devolução, e a vacinação é realizada por 60%. Oferta de lar temporário, orientações diversas sobre guarda responsável que possam auxiliar no bem-estar dos animais e no aumento da responsabilidade do tutor e a denúncia de maus-tratos aos órgãos competentes são feitas por 40%. Outras ações como transporte de animais, seja para castração, tratamento ou para adoção ou auxílio nos casos de pessoas com transtorno de acumulação e atuação em colônias de gatos foram apontadas por 20%. Os animais permanecem sob seus cuidados, desde o resgate até a adoção, de 6 meses até por quase 1 ano (67%), em diversos locais, prevalecendo os lares temporários (41%), 60% realiza acompanhamento pós-adoção, embora não formalizem um "Termo de adoção e guarda-responsável". Todos utilizamse de recursos próprios em suas ações na proteção animal e, apenas 20% relata ter um médico veterinário parceiro que auxilia com descontos monetários. Há necessidade de proporcionar ações contínuas de capacitação e reciclagem do conhecimento aos atuantes na proteção animal. A falta de formalização jurídica dos protetores impede o poder público de repassar verbas através de parcerias, mas não deve ser impeditivo para propor outras estratégias para auxiliá-los em suas ações | pt_BR |
