Metodologia de trabalho social com famílias : um olhar direcionado para o Centro de Referência Especializado em Assistência Social – CREAS
Resumo
Resumo: Este trabalho visa apresentar parâmetros norteadores para escolha de metodologias no Trabalho Social com Famílias (TSF) no âmbito da Política de Assistência Social, particularmente no contexto do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS). A pesquisa de natureza qualitativa inclui análise documental amparada em referências teóricas e diretrizes técnicas regulamentadas, e entrevista estruturada com os profissionais do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) de Campo Largo. Do desdobramento dessas análises, emergem indicativos para a organização do processo metodológico no trabalho social com famílias no CREAS. Sugere-se a priorização da participação ativa das famílias e dos indivíduos, promovendo intervenções embasadas no conhecimento das realidades sociais. O texto destaca considerações e desafios enfrentados pelos profissionais da equipe de referência vinculados ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) no município de Campo Largo. Apontamentos que podem representar o cotidiano profissional dos trabalhadores do SUAS em geral, cujo desenvolvimento do trabalho social com famílias cria embate entre desenvolver uma abordagem centrada no indivíduo como sujeito de direitos e a necessidade de executar programas/projetos focalizados e descontinuados que objetivam respostas pontuais e imediatas. Enfatizam contextos familiares com vivencias de situações de violações de direitos advindas dos processos sociais, econômicos, políticos e culturais e o afastamento do Estado enquanto garantidor de direitos e responsável pela proteção social, conforme delineado na Constituição Federal de 1988. Resultados que requisitam o seguimento de um conjunto de posturas éticas e políticas das gestões públicas responsáveis pelo planejamento e organização do Sistema Único de Assistência Social em todos as esferas. Enfatiza a escolha de metodologias para o trabalho social com famílias que representem um percurso sistemático, processual e contínuo, com viés emancipatório, fundamental para transformar e fortalecer a Assistência Social como política pública