Ciência, universidade e transformação social

Abstract

Resumo: A universidade brasileira, para além de sua criação com elementos antidemocráticos, sofre hoje um processo de privatização direta e indiretamente. Neste contexto, o Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) organiza sua atuação e intervenção na relação com a universidade com a existência de cursos universitários ligados ao MST. Os embates teóricos e epistemológicos que ocorrem entre as perspectivas mais universitárias e as perspectivas das populações indígenas, quilombolas, campesinas e tradicionais, além dos limites e possibilidades para a construção de transformações na universidade bem como na sociedade, consistem em algumas das reflexões construídas no trabalho. Dessa maneira, o trabalho busca elaborar reflexões que subsidiem os debates acadêmicos de militantes, apontar algumas possibilidades de superação dos limites e traçar proposições para a continuidade da ação organizada de militantes na pesquisa, na produção teórica e na atuação universitária a da Investigação Ação Participativa (IAP) – método formulado por Orlando Fals Borda – , em que a pesquisadora é participante do sujeito coletivo do processo. Para tanto, utiliza-se do levantamento bibliográfico e das percepções registrada em caderno de campo para relacionar o contexto cultural e a recuperação crítica da história da universidade e a estrutura de poder da sociedade