Avaliação fisioterapêutica musculoesquelética em meninos após fratura supracondiliana de úmer
Data
2020Autor
Hartman, Beatriz Cristine
Leveck, Giovanna Cristina
Emer, Luana
Martins, Luiza Amaral
Christinelli, Taina
Zotz, Talita Gianello Gnoato, 1986-
Gomes, Anna Raquel S., 1976-
Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Biológicas. Curso de Graduação em Fisioterapia
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Mostrar registro completoResumo
Resumo : Introdução: As fraturas supracondilianas de úmero são as mais prevalentes na infância. O presente estudo teve como objetivo avaliar a função musculoesquelética em meninos após fratura supracondiliana de úmero. Metodologia: Estudo tipo série de casos, com meninos de 3 a 8 anos (5/3-8) de idade. Foi realizada avaliação fisioterapêutica imediatamente após a retirada da imobilização, composta por anamnese, achados radiológicos, amplitude de movimento (ADM) de ombro, cotovelo e punho com goniômetro; força muscular de abdutores de ombro, flexores e extensores de cotovelo por meio do dinamômetro manual para avaliação da força isométrica (Lafayette) e dinamômetro de preensão manual; composição corporal pelo adipômetro e fita métrica, e dor pela Escala de Faces Wong Baker. Os dados foram expressos conforme sua característica por média, desvio padrão, frequência relativa, frequência absoluta, mediana, mínimo e máximo, e foram analisados com o Teste-T pareado, por meio do programa SPSS versão 20.0. Resultados: Participaram da pesquisa 8 meninos (3 anos (n=3); 5 anos (n=2) e 8 anos (n=3)). Encontrou-se no estudo como principal mecanismo de trauma a queda de mesmo nível; acometimento semelhante ao analisar o membro fraturado, direito (50%) e esquerdo (50%), sendo este o de maior preferência; classificação das fraturas por Gartland: tipo I (75%) e tipo II (25%), tratadas pelo método conservador, com imobilização do tipo tala gessada (75%) e cirúrgico (25%), respectivamente. Quanto à ADM, ao considerar o membro acometido na faixa etária de 3 anos, todas as crianças apresentaram diferença significativa para os movimentos de adução de ombro (29,99 / 22,66 - 37,366), com 66,6% dos pacientes com redução, e 100% para flexão de cotovelo (114,66 / 105,3 - 137,33); na faixa etária de 5 anos, 100% dos meninos apresentaram redução significativa na flexão de ombro (125,3 / 110,6- 140), assim como, para faixa etária de 8 anos, 66,6% das crianças apresentaram redução na flexão de ombro (131,95 / 99,3 - 164,6), demonstrando que 100% dos meninos avaliados apresentaram redução de ADM de flexão de ombro. Para força muscular isométrica também foi observada diminuição no membro acometido, com diferença significativa para os movimentos de abdução de ombro (faixa etária de 5 anos: 50%; 8 anos: 50%) e flexão de cotovelo (faixa etária de 5 anos: 50%; 8 anos: 50%), sendo que, em 75% dos meninos avaliados houve redução abaixo do valor normativo para todos os movimentos. Para força de preensão manual, houve redução significativa de 74,91% entre membro acometido e não acometido apenas para um dos meninos de 8 anos, porém, os valores das demais crianças estavam abaixo da média para a idade. Já para área muscular do braço, apenas 1 apresentou valor abaixo do normativo para a idade (membro superior esquerdo reduzido em 5,05% em relação ao direito, sendo este o acometido). Conclusão: Foram encontradas alterações na ADM e força muscular, nas faixas etárias analisadas, que podem influenciar na realização de atividades funcionais. Dessa forma, recomenda-se avaliação fisioterapêutica para que a intervenção adequada para cada caso seja realizada
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