Avaliação da dor em pediatria : sensibilizando profissionais da enfermagem para o quinto sinal vital
Resumo
Resumo : INTRODUÇÃO: A avaliação da dor em pediatria é dificultada pela amplitude da faixa etária que abrange, aliada às dificuldades de autorrelato da dor e, pela percepção por parte dos acompanhantes e equipe de saúde. Durante minha trajetória pelo 9º período identifiquei um déficit na avaliação da dor como o quinto sinal vital, pela equipe da enfermagem, chamando minha atenção pois, os estudos comprovam ser a sensibilização dos profissionais influenciadora direta da avaliação da dor e no bem estar do paciente pediátrico. Assim nasceu esta proposta, após diálogo com gestoras da Enfermagem, da unidade de pediatria, de um hospital universitário de referência, em Curitiba. OBJETIVO: Sensibilizar a equipe de enfermagem atuante em unidades pediátricas para a importância da avaliação da dor como quinto sinal vital; Instrumentalizar a equipe de enfermagem para avaliação da dor nas diversas faixas etárias pediátricas. MÉTODO: Adotou-se como método a problematização, valendo-se do Arco de Marguerez. Foram elaboradas ferramentas para apoio da avaliação da dor, bem como montado um conteúdo expositivo, no formato de aula expositiva e dialogada, para ser operacionalizada durante as trocas de turno, com a equipe de enfermagem do setor de Hematopediatria. RESULTADOS: mediante a intervenção observou-se o interesse dos servidores da enfermagem, que mantiveram a atenção para o conteúdo e instrumentos para avaliação da dor em pediatria. As ferramentas disponibilizadas para apoiar o processo de aferição da dor foram bem aceitas e, houve manifestação de satisfação em tê-las para aplicação junto às crianças e adolescentes. Contudo, não houve manifestação de contentamento e verbalização de pretendida adesão por parte de todos os profissionais, ao processo de avaliação da dor. Mesmo a interação entre os profissionais, durante a passagem de plantão ter se mostrado eficaz para o estímulo mútuo à adesão das escalas e avaliação da dor, esperando a qualificação do cuidado mediante a passagem de plantão mais completa, com a sinalização dos escores de dor da população pediátrica internada. CONCLUSÃO: a sensibilização da equipe se mostrou profícua para o estímulo para a avaliação da dor como quinto sinal vital na pediatria. Contudo ressalta-se que a sensibilização deve ser aliada aos processos de educação permanente, assim como deve ser disponibilizada aos profissionais ferramentas que possam apoiar o processo de avaliação da dor de maneira adequada, ou seja, específica para cada faixa etária. Esta vivência pode ser considerada como um piloto para que o processo seja continuado pelos gestores de enfermagem da unidade de pediatria, com novas medidas de intervenções que abranja toda a equipe. Almeja-se um melhor cuidado e menor intensidade de dor nas crianças, favorecendo sua recuperação. Abstract : INTRODUCTION: The assessment of pain in pediatrics is complicated by the wide age range it encompasses, coupled with difficulties in self-reporting pain, and by the perception of caregivers and healthcare teams. During my journey in the 9th semester, I identified a deficit in pain assessment as the 5th vital sign by the nursing team ,capturing my attention as studies prove that professional awareness directly influences pain assessment and the well-being of pediatric patients. Thus, this proposal emerged after a dialogue with nursing managers from the pediatric unit of a reference teaching hospital in Curitiba. OBJECTIVE: To raise awareness among the nursing team working in pediatric units about the importance of pain assessment as the fifth vital sign. To equip the nursing team with tools for assessing pain in various pediatric age groups. METHOD: Problem-solving was adopted as the method, using the Marguerez Arc. Tools to support pain assessment were developed, and an expository and interactive content was created for implementation during shift changes with the nursing team in the Hematopediatrics department. RESULTS: Through the intervention, there was observed interest from nursing staff who remained attentive to the content and tools for pediatric pain assessment. The tools provided to support the pain assessment process were well-received, and there was expressed satisfaction in having them for application with children and adolescents. However, not all professionals expressed contentment or verbalized intended adherence to the pain assessment process. Even though the interaction between professionals during shift changes proved effective in mutual encouragement to adopt pain scales and assessment, there is an expectation for improved care through a more comprehensive shift change, signaling pain scores for the hospitalized pediatric population. CONCLUSION: Team awareness proved effective in promoting the assessment of pain as the fifth vital sign in pediatrics. However, it is emphasized that awareness should be coupled with continuous education processes, and professionals should be provided with tools that can support the pain assessment process appropriately, i.e., specific to each age group. This experience can be considered a pilot for the process to be continued by nursing managers in the pediatric unit, with new intervention measures encompassing the entire team. The goal is to provide better care and reduce pain intensity in children, promoting their recovery.
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