Influência genética no transtorno do défict de atenção e hiperatividade (TDAH) : uma revisão das publicações científicas nos últimos 10 anos
Resumo
Resumo : O transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é um dos principais transtornos do desenvolvimento infantil e costuma ser mais observado no período escolar, pois seus sintomas influenciam no comportamento, como inquietação e dificuldade de concentração. Como se trata de um transtorno de caráter complexo, vários genes, bem como fatores ambientais, contribuem na sua expressão. A presente revisão procurou selecionar artigos, conforme critérios de inclusão/exclusão, para observar quais genes estão sendo estudados e relacionados com TDAH. Com as palavras-chave selecionadas foram encontrados 1119 artigos relacionando genes e TDAH, porém, após a filtragem utilizando os critérios propostos nesta revisão foram lidos na íntegra 39 artigos. Os genes mais frequentemente encontrados são relacionados ao sistema dopaminérgico (31% dos estudos), possivelmente pelo fato de que muitos dos medicamentos utilizados para o tratamento do TDAH agem nesses transportadores. Os genes do sistema gabaérgico correspondem a 8% dos estudos, genes que podem ser utilizados como biomarcadores do TDAH representam 5% dos estudos, um estudo (2%) referente a uma deleção no cromossomo 15 sendo relacionado ao transtorno e por fim 54% dos estudos relacionaram genes diferentes ou uma relação de alguns genes. A maioria dos artigos comenta do número amostral pequeno, um desafio para próximos estudos que procuram relacionar genes a esse transtorno. No TDAH, por se tratar de um transtorno de caráter multifatorial, a detecção de genes associados se torna uma dificuldade, por apresentar um fenótipo complexo com muitos sintomas não é possível relacionar somente um gene
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