Saúde mental como política pública : aspectos para reflexão sobre as comunidades terapêuticas
Resumo
Resumo: O presente estudo procurou analisar e sistematizar as opções de acompanhamento e tratamento para pessoas que fazem uso abusivo de drogas e outras substâncias psicoativas. O Sistema Único de Saúde (SUS), por meio da rede de atenção psicossocial, oferece o acompanhamento via Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), entretanto, na região do litoral do Paraná, os referenciais de habitantes e possibilidades de ampliação destes centros não são contemplados. A dificuldade de acesso ao tratamento recorrente favorece e incentiva ampliações e novas comunidades terapêuticas, que, dentre suas problemáticas, têm pouco ou quase nulo controle social, não preconizam atuação profissional de trabalhador de saúde e, com característica ascendente, violações de direitos humanos. A laborterapia, distorcida da sua intenção inicial, tem favorecido situações de trabalho escravo e mão de obra barata de um grupo que é responsabilizado por seu tratamento. Salienta-se também a gestão nacional atual, que tem garantido ampliação de financiamento e repasses financeiros às comunidades terapêuticas com características político partidárias.