Uma urdidura entre as complexas ideias de natureza e educação ambiental
Resumo
Resumo: O planeta Terra, enquanto estrutura viva e interconexa perpassa por um período estarrecedor, de violentas transformações e ao que tudo indica por interferência de uma parcela significativa de membros de uma única espécie, Homosapiens. Organismos autocentrados, caracterizados por enredos de confusão e auto sabotagem, que particularmente preferem perceber a si mesmos como criaturas superiores, privilegiadas, divinas e principalmente disjuntas e/ou acima de uma totalidade que na verdade se manifesta de maneira una e múltipla. É diante de tal problemática e por meio da presente investigação que a opção metodológica escolhida é a pesquisa bibliográfica, elaborada a partir da reflexão teórica de materiais científicos já realizados com o intuito de questionar e reorientar as tensas e torcidas urdiduras que compõem as ideias de Natureza no ocidente e a intrínseca relação que as racionalidades imperantes podem ter com o processo de dissociação e fragmentação entre ser humano/Natureza e a crise ambiental. Com base no pressuposto de que paradigmas condicionam diferentes concepções de Natureza e estes por sua vez orientam em grande medida nosso modo de ser e estar no mundo. Nesse sentido, averiguamos a educação ambiental e seu possível potencial em tecer novas percepções críticas e sensíveis de Natureza, que colaborem tanto para problematização quanto para construção coletiva de outros presentes e possíveis futuros.