Previsão da produção em plantios clonais de teca na Amazônia Oriental

Abstract

Resumo: As plantações de teca (Tectona grandis Linn. F.) se expandiram substancialmente na Amazônia brasileira na última década, tornando a previsão da produção de plantações desbastadas, essencial para a gestão do planejamento estratégico. Neste estudo objetivo foi simular diferentes cenários de desbaste, visando prever as idades e intensidades de desbaste mais adequadas para maximizar a produtividade e minimizar a idade de rotação de plantações clonais de teca na Amazônia Oriental brasileira, utilizando dados de diâmetro, altura, área basal e volume de 72 parcelas permanentes. Utilizamos o método de curva guia para a classificação do potencial produtivo. Para determinar as idades técnicas de desbaste, o modelo Clutter foi utilizado para simular várias intensidades de reduções de área basal. Utilizou-se o teste de equivalência TOST, baseado em regressão adotando bootstrap para validar os modelos. As curvas de sítio revelaram que há sítios com características produtivas diferentes, representadas pelos índices de sítio de 13,5, 16,5 e 19,5 m. O modelo de Clutter produziu projeções consistentes de área basal e volume, que acompanharam o comportamento das classes de produtividade. A produção foi maximizada com três desbastes aos 48 meses (redução de 50%), 84 meses (redução de 50%) e aos 144 ou 156 meses (redução de 25%) de acordo com as classes de produtividade. A idade de rotação foi projetada para 192 meses em locais de média e alta produtividade e para 204 meses em locais de baixa produtividade. As estimativas do volume líquido aumentaram 7,8% (14,01 m³ ha-1), 9,5% (19,72 m³ ha-1) e 11,3% (27,11 m³ ha-1), para baixa, média e alta produtividade do local, respectivamente, em comparação à ausência de desbaste. Simulações com três desbastes maximizaram a produção em relação ao cenário com ausência de desbastes. O intervalo entre as idades de desbaste foi inferior a cinco anos, exceto para o terceiro desbaste no local menos produtivo.

Abstract: Teak (Tectona grandis Linn. F.) plantations have expanded substantially in the Brazilian Amazon in the last decade, making forecasting the production of thinned plantations essential for strategic planning management. In this study, the objective was to simulate different thinning scenarios, aiming to predict the most suitable thinning ages and intensities to maximize productivity and minimize the rotation age of clonal teak plantations in the eastern Brazilian Amazon, using data on diameter, height, basal area and volume of 72 permanent instalments. We used the guide curve method to classify the productive potential. To determine the technical thinning ages, the Clutter model was used to simulate various intensities of basal area reductions. The TOST equivalence test was used, based on regression adopting bootstrap to validate the models. The site curves revealed that there are sites with different productive characteristics, represented by the site indices of 13.5, 16.5 and 19.5 m. The Clutter model produced consistent projections of basal area and volume, which followed the behavior of productivity classes. Production was maximized with three thinnings at 48 months (50% reduction), 84 months (50% reduction) and at 144 or 156 months (25% reduction) according to productivity classes. The rotation age was projected to be 192 months in medium and high yield sites and 204 months in low yield sites. Estimates of net volume increased by 7.8% (14.01 m³ ha-1), 9.5% (19.72 m³ ha-1) and 11.3% (27.11 m³ ha-1), for low, medium and high productivity of the site, respectively, compared to the absence of thinning. Simulations with three thinnings maximized the production in relation to the scenario with no thinnings. The interval between thinning ages was less than five years, except for the third thinning in the least productive place.