Atividade alelopática de extratos orgânicos de diferentes partes de schinus terebinthifolius na germinação e crescimento inicial de bidens pilosa
Resumo
Resumo : schinus terebinthifolius Raddi é uma espécie arbórea e perene pertencente à família Anacardiaceae; sendo nativa da América do Sul, especialmente Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai. Seu potencial biológico foi explorado farmacologicamente, mas são poucos os trabalhos com viés agrotecnológico. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade alelopática de extratos de Schinus terebinthifolius Raddi sobre a germinação e crescimento inicial de sementes de Bidens pilosa, determinando parâmetros de: IVG, % de germinação, comprimento de radícula, comprimento de parte aérea, massa fresca e massa seca. Foram coletadas amostras de frutos, folíolos, e pecíolos+raques para preparação dos extratos. Os extratos foram caracterizados, quanto as principais classes de metabólitos secundários, através de cromatografia em camada delgada. A extração foi realizada pela técnica de maceração a frio com extração sequencial do material vegetal, utilizando-se três solventes por ordem de polaridade: hexano, acetato de etila e etanol. Foi realizado teste alelopático, com extratos na concentração de 500 e 1000 ppm, sobre as sementes de Bidens pilosa. As extrações resultaram em 9 extratos orgânicos. Nos testes alelopáticos não foram verificadas diferenças estatísticas nos parâmetros de % de germinação, IVG, massa fresca e massa seca das plântulas. A maior redução no comprimento da raiz primária foi de 47,9%, obtida pelo efeito do extrato etanólico de pecíolos+raques na concentração de 500 ppm, enquanto a maior redução do comprimento de parte aérea foi de 18,3%, obtida pelo efeito do extrato de acetato de etila dos folíolos na concentração de 1000 ppm. Foi detectada a presença de esteroides/terpenos em todos os extratos e apenas um deles não apresentou compostos fenólicos. Os resultados mais promissores foram obtidos com os extratos etanólicos, em especial os extratos de folíolos e frutos. Este trabalho demonstrou que os extratos polares apresentaram melhores efeitos alelopáticos, evidenciando seu potencial como fonte de moléculas ativas.