Pré-natal de baixo risco como papel do médico de família e comunidade na cidade de Antonina, Paraná
Resumo
Resumo: Introdução: O pré-natal é um momento de acompanhamento que tem como objetivo o desenvolvimento saudável do bebê e da gestante, quando a gestação é de baixo risco a unidade de saúde local poderá realizar os exames e consultas através da Equipe de Saúde da Família. Contudo no município de Antonina, Paraná, o acompanhamento do período gravídico-puerperal era realizado exclusivamente pelos especialistas locais, dificultando o acesso dos casos que necessitavam do olhar do especialista e limitando o vínculo entre as pacientes e o médico da ESF. Dessa forma, viu-se a necessidade de resgatar o pré-natal de baixo risco como papel do médico de família e comunidade no município, permitindo o cuidado holístico e continuado destas pacientes. Objetivos: Fomentar o desenvolvimento e o fortalecimento da atenção pré-natal por meio da implantação da consulta realizada pelo médico de família e comunidade no município de Antonina. Incluir a assistência ao pré-natal como competência do médico de estratégia de saúde da família e comunidade. Método: Teve-se a pesquisa ação como base e o diagnóstico situacional realizado na unidade de saúde do município de Antonina, Paraná. A prioridade de ação foi a atenção pré-natal já que o município está em fase de implantação da Estratégia de Saúde da Família. Primeiramente foram realizadas reuniões de equipe onde foi constatada a necessidade desta ação; foi acordado com o obstetra que o pré-natal de baixo risco voltaria a ser papel do médico de Família e Comunidade e o especialista faria papel coadjuvante nos casos que esta estratificação de risco se modificasse. Na sequência foi realizado um levantamento da área pelos ACS, objetivando buscar gestantes ou mulheres em idade fértil com desejo de engravidar. Seguindo com mudança nas agendas de médicos e enfermeiros reservando um turno para atendimento apenas de pré-natal. Resultados e discussão: As gestantes identificadas a partir de setembro de 2020 foram atendidas pelos médicos da ESF; até o momento foram acompanhadas 18 gestantes, das quais apenas 3 foram referenciadas ao alto-risco; até o momento nenhuma demonstrou insatisfação com a nova abordagem, e não foram detectados desfechos desfavoráveis. Considerações finais: Até o momento o pré-natal de baixo risco se tornou parte integrante às competências e agenda do MFC do município de Antonina, não havendo limitações materiais ou pessoais. Recomenda- se sempre capacitação da equipe para a manutenção e o bom atendimento ao período gravídico-puerperal. Abstract: Introduction: Prenatal care is the process where the devolpment of the pregnancy and of the baby is followed up in order to prevent adverse events. When the pregnancy is classified as low risk, it can be carried out in the local health unit, through the Family Health Strategy. However, in the city of Antonina, Paraná, this process would exclusively be supervised by na Ob-Gyn specialist, making it harder for the pregnant women to get to these specialists because of the high demand, and also limiting the bond between the family doctor and these patients. In that sense, i t was necessary to bring back low-risk prenatal care as a role of the general practitioner, allowing holistic and continued care of these patients. Objectives: Promote the development and empowerment of the prenatal care by implementing appointments to low-risk pregnancy women with their local Family Health doctor, including this modality of care as a competence of the general practitioner. Methods: Research regarding how prenatal was usually approached in the city of Antonina was performed in order to make a situational diagnosis. Its priority was the prenatal care, as the town is making in its way in implementing the Family Health Strategy. Firstly, meetings with health teams took place and the need for that implementation was confirmed. Then, it was agreed with ObGyn specialists that the follow up of low risk pregnancy was going back to the domain of Family doctors, and the specialized care would only be needed if there was a change of the risk stratification as the pregnancy developed. Subsequently, data regarding pregnant women and women in fertile age with the desire of gestating was raised by community health workers, and destining slots in doctors' and nurses' schedules exclusively for prenatal care. Results and discussion: 18 pregnant women identified as of September 2020 were seen by doctors in the Family Health Strategy, only 3 of which were referred to specialists. Up until the time of this article, no patient expressed dissatisfaction with the new approach and no unfavorable outcome was detected. Final considerations: Low-risk prenatal care has up until now become part of the practice and competence of the Family Health Strategy in the city of Antonina. No personal or material limitations were found. It is recommended that the teams involved in this care receive quality training in order to provide good service to the community.
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