Relação entre indicadores fundamentalistas e retorno de ativos do mercado de capitais
Resumo
Resumo: O objetivo do estudo é apurar se fundamentos bons ou ruins de uma empresa apresentam correlação com maiores e menores retornos, respectivamente. Para isso, foram selecionados os 30 melhores e os 30 piores retornos de empresas listadas na B3 no ano de 2019, os quais foram separados em 2 grupos para posterior análise de variação dos seus indicadores econômicos, financeiros e de mercado entre os anos de 2019 e 2015. Dessa forma, foram analisados os fundamentos dessas empresas, a partir das alterações de seus indicadores no último quinquênio, para avaliar se é possível predizer quais sociedades obterão os maiores e os menores retornos. Delineado o objetivo e a forma de análise, com base na bibliografia, foram descritos os aspectos da análise fundamentalista, técnica que foi empregada no estudo para examinar os ativos, assim como, também foram apresentados os indicadores utilizados na análise. Para a obtenção das informações financeiras das empresas analisadas (dados brutos da pesquisa que subsidiaram o cálculo dos indicadores), foi utilizado o software Thomson Reuters®. Na sequência, de posse de todas essas variáveis, para se responder ao problema de pesquisa, por meio do software aplicativo IBM SPSS® Statistics, foi aplicado o método estatístico não-paramétrico de correlação de Spearman, que demonstra a intensidade da relação entre as duas variáveis a partir de uma função monótona. Adicionalmente, foi realizado o teste U de Mann-Whitney, para verificar a heterogeneidade das duas amostras estudadas (grupos 1 e 2). Os resultados estatísticos obtidos, quando combinados, negaram uma possível correlação e heterogeneidade entre os grupos de empresas e 5 dos 7 indicadores financeiros, econômicos e de mercado. As exceções, que passaram pelo crivo dos dois testes estatísticos, foram as variáveis delta do valor de mercado e da receita, onde a matriz de correlações demonstrou uma forte correlação positiva e significativa ao nível de 0,01 entre elas. Por sua vez, o teste U de Mann-Whitney também apontou que os grupos apresentam diferenças consideráveis para essas variáveis. Essa relação indica que as empresas de maior valor de mercado tendem a possuir uma receita maior, e viceversa. Paralelamente, foi observada uma forte correlação negativa, também significativa ao nível de 1%, entre as variáveis beta e o crescimento de receita. Tudo isso reforça a ideia de que as empresas com grande potencial de geração de receita tendem a ser menos voláteis, garantindo uma segurança maior aos acionistas.
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