Permeabilização da membrana mitocondrial interna por citrinina e Ca2+
Resumo
Resumo: Mitocôndrias isoladas de fígado de rato e de tubérculo de batata foram estudadas em presença de citrinina. Os resultados deste trabalho mostram inibição da velocidade respiratória, dependente da concentração de citrinina, em ambos os tipos de mitocôndrias respirando com succinato e FCCP. Efluxo de Ca2+ ocorre por adição de altas concentrações de citrinina a mitocôndrias de fígado energizadas e na condição de fluxo constante. Quando vermelho de rutênio é adicionado anteriormente à citrinina, há diminuição do efluxo, mostrando que parte dele ocorre pelo reverso do uniporter eletroforético. Mitocôndrias desenergizadas sofrem inchamento dependente de citrinina e Ca2+ que pode ser evitado pela presença de nucleotídeos de adenina e Mg2+. A adição de vermelho de rutênio a mitocôndrias de fígado de rato mostrou a utilização do uniporter eletroforético para a entrada do Ca e a obrigatoriedade do íon estar no interior da organela para observar-se o inchamento mitocondrial. Em mitocôndrias de batata não houve proteção pela adição de vermelho de rutênio indicando não haver uniporter nestas mitocôndrias. Entretanto, na presença do ionóforo A23187 houve aumento acentuado do inchamento em mitocôndrias de batata, mostrando ser essencial o Ca2+ no interior para ocorrer o fenômeno. Nestas mitocôndrias vegetais o ditiotreitol evita o inchamento. Em presença de ciclosporina A há proteção contra o inchamento somente em mitocôndrias de fígado de rato energizadas. Estes resultados mostram a permeabilização da membrana mitocondrial interna na presença de citrinina e Ca2+.
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