Estudos das hemiceluloses do caule da Acacia mollissima
Resumo
Resumo: O caule de Acácia mollissima isento de lipídeos e material pêctico foi extraído com DMSO e obteve-se uma fração polissacarídica denomida "hemicelulose DMSO", solúvel em água e constituída por unidades de D-xilo se (35,36), D-glucose (58,54%) e D-galactose (4%). Os dados de metilação indicaram predominância de ligações do tipo a-(1 - 4) para as unidades de D-glucopiranoses (50%) e de D-xilopiranoses (24%). A presença de 2,3,4,6-tetra-O-metil-D-glucitol (5%), 2,3-di-O-metil-D-glucitol (4,3%) e 2,3,4-tri-O-metil-D-xilitol (1,3%), indicaram estrutura ramificada para este polímero. Esta fração apresentou uma rotação ótica de |a|25 D = + 35° (água) . A eletroforese em acetato celulose apresentou além da banda principal uma pequena contaminação confirmada por filtração em gel. A moderada complexação como iodo-iodeto de potássio, conforme Gaillard, confirmou a estrutura ramificada para este polissacarídeo. O resíduo da extração com DMSO foi re-extraído com uma solução de NaOH 1N e obteve-se a "Hemicelulose A". Esta fração 25 apresentou uma rotação ótica de |a| 25 D - 41° (água) evidenciando ser constituída principalmente por anômeros B de D - xilose (88%); unidades de D-glucose (7%) e ácido urônico (5%). A metilação deste polissacarídeo e a análise na forma de seus respectivos alditóis acetilados indicaram como principal componente o 2,3-di-O-metil-D-xilitol (85, 5%), compatível então com uma cadeia principal formada por unidades de D-xiloses ligadas através de ligações do tipo B-(1 - 4) com unidades de ácido urônico ligados ao C-2 da cadeia do xilano. O polissacarídeo apresentou ramificações, provavelmente por unidades de D-xiloses ligadas a C-2 e C-3 da cadeia principal.
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