Estrutura da comunidade de abelhas silvestres (Hymenoptera, Apoidea) da Ilha do Mel, planicie litoranea paranaense, sul do Brasil, com notas comparativas
Resumo
Resumo: Uma comunidade insular de abelhas silvestres e comparada a outra de uma área próxima, situada no continente (dados de LAROCA, 1974), quanto a diversidade, abundancia relativa, fenologia e visitas as Flores. Amostragens periódicas, realizadas durante um ano em áreas restritas, respectivamente, na Ilha do Mel e em Alexandra (planície litorânea paranaense, sul do Brasil), Foram feitas por meio da metodologia descrita em SAKAGAMI, LAROCA & MOURE (I967). Os sítios de coletas, apesar de não se localizarem geograficamente nos trópicos, apresentam associações bióticas semelhantes as de habitats tropicais. A relativa "pobreza" de espécies observada na comunidade insular não ocorreu de modo correspondente nas famílias e subfamílias de abelhas. Na Ilha do Mel, dos 2I30 exemplares coletados, representando 75 espécies, houve uma predominância de Halictidae, tanto em numero de espécies como de indivíduos. Megachilidae e Meliponiriae, grupamentos caracterizados em Alexandra pelo elevado numero de espécies e de indivíduos respectivamente, estão pouco representados na comunidade insular. A nível especifico Bialictus o p a c u s (Moure) (Halictidae) predominou na Ilha do Mel (cerca de 42,5% do total de indivíduos coletados). Esta espécie foi inclusive a mais abundante em todos os meses, exceto em agosto. No que concerne a fenologia ocorreu na Ilha do Mel, de modo semelhante a Alexandra, uma redução das atividades externas dos indivíduos adultos de abelhas silvestres durante o inverno, tendo Colletidae, Megachilidae e Anthophoridae (excluido Xylocopinae) interrompido suas atividades de visitas as flores neste período. O picote maior numero de espécies em atividade ocorreu em ambos os locais entre marco e abril. Ilo total de exemplares capturados na Ilha do Mel, 2039 o foram visitando flores de 69 espécies de plantas. A família mais visitada em numero de espécies de plantas e de abelhas foi Compositae. Porem Rubiaceae foi a mais visitada em numero de indivíduos de abelhas, isto se deve principalmente a elevada frequência de Dialictus opacos visitando flores de plantas desta família. Alguns aspectos a respeito da diversidade de abelhas em regiões tropicais e da escassez de meliponídeos na comunidade insular são discutidos. Abstract: A wild bee assemblage of a restricted area at Ilha do Mel is compared - in terms of diversity, relative abundance, phenology and flower visits - with that of a n e a r - by continental site in Alexandra (data From LAROCA, 1974), both in the coastal plain of Parana (Southern Brazil). The periodical standardized sampling procedure Utilized is described in SAKAGAMI, LAROCA & MOURE (1967). The study sites, although not geographically localized in the tropics, have biotic associations similar to those of tropical habitats. The relative "paucity" of species observed in the insular community did not occur at a similar way in all wild bee families and subfamilies. At Ilha do Mel, of ?130 individuals collected, representing 73 species, Halictidae predominated both in number of species as in number of individuals. Megachilidae and Meliponinae groups, characterized at Alexandra by the high number of species and individuals respectively, are poorly represented at the insular community. At specific level JQiaiJxtita QBAflUS (Moure) (Halictidae) predominated (about 4E,5% of total collected individuals). This species was also the most abundant every month, except in August. Concerning phenology: a reduction of activity of adult wild bees during the winter occurred at Ilha do Mel, s i - milar to Alexandra, with Colletidae, Megachilidae and Anthophoridae (Xylocopinae excluded) interrupted activities of flower visitation during this period. The highest number of species in activity ocurred between March and April in both areas. Of the total individuals collected at Ilha do Mel, ?039 were captured visiting flowers of 69 plant species. Compositae was the most visited family both in number of plant species visited and in number of species of bees, but Rubiaceae was the most visited family in number of individuals of bees, mainly because the high frequency of Hl.-allcl.u.a. aE&iLLLii visiting plant species of this family. Some aspects with respect to the diversity of bees in the tropics and the scarcity of Meliponinae at the insular community are also discussed.
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- Teses [17]