O saber biomédico e práticas terapêuticas de saúde : concepções e representações da saúde e da doença
Resumo
Resumo: O artigo tem por objetivo apreender e apresentar o embate teórico entre as diferentes práticas, concepções e saberes acerca do processo de Saúde e Doença, a partir do
referencial da Antropologia da Saúde que exemplifica e demonstra sua inter-relação com a sociedade e a cultura. Nesse sentido, as concepções e representações da saúde e da doença dos diferentes grupos socioculturais vão influenciar sobre qual sistema de saúde utilizam, se o oficial ou os alternativos, ou ambos. E nessa dinâmica há ainda o embate entre o saber médico que se coloca como hegemônico em detrimento de outros saberes. A Antropologia da Saúde tem um papel fundamental nesse processo, sobretudo, em apontar algumas questões para que se reflita a importância do sujeito, ou seja, suas representações e informações sobre a doença e a saúde o colocam num papel mais ativo. A adoção de práticas alternativas de saúde vem cada vez mais se expandindo na sociedade brasileira, não mais se restringindo aos pequenos grupos, vez que, é cada vez mais comum sua presença nos centros urbanos. Além disso, está presente na Política Pública de Saúde que as reconhecem enquanto integrativas e complementares. E é exatamente esse processo que o artigo pretende demonstrar, utilizando-se de trabalhos e pesquisas realizados por alguns autores da Antropologia da Saúde que revelam as interfaces culturais no processo saúde e doença e o papel das práticas terapêuticas e oficias de Saúde.