Ação de complexo natural altamente diluído no processo de cicatrização da pele em camundongos utilizando os modelos de incisão suturada e excisão da pele

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Data
2013Autor
Gonçalves, Jenifer Pendiuk, 1990-
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Resumo : A pele é o maior órgão do nosso corpo e serve como uma barreira contra agressões externas. Ela é estruturalmente organizada em duas camadas: epiderme e derme, respectivamente de fora para dentro. Cicatrização é um processo fisiológico dinâmico e complexo que representa a resposta do organismo frente a lesões. Esse processo é dividido em quatro fases que se complementam e se sobrepõem espacial e temporalmente: hemostase, inflamatória, proliferativa e de remodelação. Os complexos naturais altamente diluídos compreendem uma combinação de vários compostos diferentes tidos como úteis para determinados sintomas ou doença. A utilização de altas diluições de compostos naturais vem crescendo, fazendo necessários estudos que comprovem sua eficácia e segurança. Dessa forma, o presente trabalho tem como objetivo verificar os efeitos do complexo natural altamente diluído denominado M1, administrado topicamente em forma de gel, sobre o processo de cicatrização da pele em camundongos utilizando dois modelos, o de incisão suturada com fio absorvível ou não absorvível e o de excisão da pele. No primeiro modelo, foi feita uma incisão longitudinal no dorso de camundongos, a qual foi suturada com fio absorvível ou não absorvível. Os animais foram tratados topicamente com gel de carbopol contendo 10% de M1 ou não (controle), por 3 dias consecutivos. A pele do local da incisão foi coletada e processada para histologia com coloração tricrômico de Gomori a fim de verificar a reepitelialização e migração do tecido conjuntivo. No modelo de excisão, foram induzidas duas feridas circulares no dorso dos camundongos, as quais foram tratadas topicamente com gel contendo M1 ou não, por 10 dias consecutivos e medidas nos dias 0, 3, 7 e 10 a fim de obter a curva de fechamento das feridas. No modelo de incisão, os animais suturados com fio absorvível e tratados por 3 dias com M1 não mostraram diferenças no número de cortes histológicos que apresentaram epiderme fechada, nem nas áreas de epiderme e tecido conjuntivo. Já os animais suturados com fio não absorvível e tratados com M1 mostraram maior número de cortes com epiderme fechada quando comparados aos controles, porém não apresentaram diferenças estatisticamente significativas na quantificação das áreas de epiderme e tecido conjuntivo. O fechamento da ferida e a qualidade da cicatrização variaram consideravelmente de acordo com a forma que os pontos eram feitos, dificultando as análises desse modelo. Quando utilizamos o modelo de excisão da pele não foram detectadas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos controle e M1 ao longo de 10 dias no que diz respeito à velocidade de fechamento da ferida. Concluímos, portanto, que o tratamento tópico com M1 na forma de gel não alterou significativamente o fechamento da epiderme e do tecido conjuntivo subjacente no modelo de incisão e sutura da pele, sendo que a metodologia empregada nesse modelo não foi a ideal para o estudo do processo de cicatrização da pele em camundongos. E também o tratamento com M1 não alterou significativamente a velocidade de fechamento da ferida no modelo de excisão da pele.
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